INCIDÊNCIA DE COINFECÇÃO ENTRE SÍFILIS E HIV EM UM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO EM ALAGOAS
Palavras-chave:
Coinfecção, HIV, sífilisResumo
INTRODUÇÃO: A sífilis é um problema de saúde pública apesar da prevenção e do tratamento possuírem baixo custo. Há evidências de que a sífilis aumente a infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV) através das úlceras genitais. As patologias são transmitidas, principalmente, pela via sexual. O indivíduo coinfectado apresenta um curso atípico da sífilis no organismo com maior risco de complicações neurológicas e falha no tratamento; além de um potencial aumento na capacidade de transmissão do HIV. No Brasil, foi registrado um aumento no número de casos de sífilis nos últimos anos tornando-se necessário avaliar o impacto epidemiológico e socioeconômico da confecção. OBJETIVOS: Identificar a incidência de coinfecção de sífilis e HIV entre os pacientes testados no Centro de Testagem e Aconselhamento no PAM Salgadinho em Maceió. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, observacional e transversal com público alvo pacientes testados voluntariamente no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do PAM Salgadinho em Maceió no ano de 2014. A fonte de dados é secundária, coletada nos registros do PAM Salgadinho associada a revisão de literatura nas bases de dados públicas, no PUBMED e SCIELO. Os descritores do estudo são infecção de HIV, infecção de sífilis e coinfecção sífilis/HIV. RESULTADOS: No ano de 2014, foram testados um total de 5019 indivíduos com média de idade de 33 anos. Observou-se uma incidência de 12% (602) casos de sífilis e 5,79% (291) de HIV. A coinfecção entre HIV/sífilis foi 1,11% (56 pacientes). Em relação a idade, a média dos usuários reagentes para sífilis foi 37 anos, para HIV reagente foi de 33 anos e para os coinfectados 36 anos. A quantidade de coinfecção variou de 4,8% a 27% na literatura, sendo observada mais alta nos grupos de risco: homem que faz sexo com homem e profissionais do sexo. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no Brasil, no ano de 2014, foram notificados 50.262 casos de sífilis adquirida e 72 casos em Alagoas. Já em relação ao HIV, foram observadas 28.957 notificações no mesmo período. CONCLUSÃO: Encontrou-se uma alta incidência de sífilis e HIV nos participantes testados no CTA PAM Salgadinho quando comparados às bases de dados públicas. A taxa de coinfecção, no entanto, foi menor do que a encontrada na revisão de literatura. O estudo é importante para a construção do perfil epidemiológico do estado, contribuindo para criação de estratégias de intervenção integradas e intensificadas são necessárias visando principalmente os grupo de risco, a fim de diminuir os casos de sífilis, HIV e a coinfecção.
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Referências
Referências:
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