Terapia Nutricional no paciente Renal Crônico: uma Revisão da Literatura.

Autores

  • Mateus Lucas Xavier de Araújo Universidade Tiradentes
  • Alan Rocha Universidade Tiradentes
  • Gabrielle Helena Costa Valério Universidade Tiradentes
  • Maria de Lourdes da Silva Gomes de Azevedo Universidade Tiradentes
  • Danielle Alice Vieira da Silva Universidade Tiradentes
  • Albérico José de Moura Saldanha Filho Universidade Tiradentes

Palavras-chave:

Paciente renal. Nutrição. Néfron.

Resumo

A doença renal crônica representa atualmente um dos principais problemas de saúde pública. As principais causas da doença renal crônica são a nefropatia hipertensiva e a nefropatia diabética. Os principais fatores clínicos envolvidos com a progressão da doença renal crônica são a idade, sexo, diabetes, hipertensão, proteinúria, anemia, complicações metabólicas, obesidade, tabagismo e dislipidemia. O paciente renal crônico exibe lesão renal acompanhada de perda progressiva das funções renais.   A desnutrição representa um grande problema na fase não dialítica, sendo agravada por processos inflamatórios. A redução espontânea da ingestão alimentar e dos parâmetros antropométricos está diretamente associada ao grau de perda da função renal. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar a contribuição da Nutrição para a recuperação do quadro clínico do paciente renal crônico. Metodologia: O presente estudo decorre de uma revisão da literatura (inglês e português) realizada entre os anos de 2015-2017 nas bases de dados Periódicos CAPES, Web of Science e Pubmed, por meio do qual foram analisados 30 artigos científicos cujo objetivo principal abordava a terapia nutricional do paciente renal crônico. Foram utilizados os seguintes descritores: paciente renal, nutrição, néfrons. Resultados: Os resultados indicaram que a desnutrição é um grande problema na fase não-dialítica e relaciona-se com a piora da função renal. A desnutrição é agravada devido a liberação de citocinas pró-inflamatórias as quais ativam o catabolismo protéico muscular, intensificando-o por meio da resistência à ação dos hormônios anabólicos (insulina e hormônios do crescimento) e elevação de hormônios catabólicos (glucagon e paratormônio). Esse quadro clínico ocasionará uma acidose metabólica decorrente da oxidação de aminoácidos. Os artigos analisados apontam que essas condições associam-se à diminuição da ingestão alimentar e ao hipercatabolismo. Diante da complexidade multifatorial relacionada a desnutrição no paciente renal crônico, a terapia nutricional contribui para o controle de metabólitos potencialmente tóxicos, auxiliando no controle da hiperpotassemia, hiperfosfatemia, hipernatremia, redução de proteinúria e distúrbios minerais ósseos. Para a fase não-dialítica recomenda-se dieta hipoprotéica, com restrição de sódio e fósforo, podendo necessitar restringir cálcio e potássio. Conclusão: Para dieta hipoprotéica de longa duração recomenda-se suplementação de vitaminas hidrossolúveis. Os cuidados nutricionais visam retardar a progressão da doença renal, controlando distúrbios metabólicos, atenuando os sintomas dessa doença.

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Referências

GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 2017.13ª ed. Rio de Janeiro-RJ: Elsevier Editora.

KNOBEL, Elias. Condutas no paciente grave: Condutas no paciente grave. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. 3475 p.

ROSS, A. Catharine et al. Nutrição Moderna de Shils: na Saúde e na Doença. 11. ed. Barueri,sp: Manole, 2016. 1660 p.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Xavier de Araújo, M. L., Rocha, A., Costa Valério, G. H., de Azevedo, M. de L. da S. G., Vieira da Silva, D. A., & Saldanha Filho, A. J. de M. (2020). Terapia Nutricional no paciente Renal Crônico: uma Revisão da Literatura. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11108

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas