REGISTRAR PARA LEMBRAR: A DOCUMENTAÇÃO COMO FORMA DE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DOS ENGENHOS ALAGOANOS.
Palavras-chave:
Arquitetura, engenhos alagoanos, memória.Resumo
Os engenhos banguês foram os propulsores da colonização do estado de Alagoas. Estiveram presentes na paisagem desde o século XVI, tornando-se base da economia alagoana. A chamada “civilização do açúcar” influenciou diversos aspectos da sociedade, interferindo assim em esferas do meio político, social, econômico e cultural do nosso povo, de modo que até os dias atuais, a cultura do açúcar exerce influência relevante no estado. Apesar de sua importância histórica, em Alagoas, não existe engenho tombado, dificultando assim a preservação dos existentes, uma vez que a manutenção fica por conta dos proprietários que nem sempre percebem a importância histórica desses remanescentes, o que leva muitas vezes à descaracterização e mesmo à ruína dos exemplares que chegaram aos nossos dias. Dessa forma, essa pesquisa propõe selecionar, registrar e documentar informações acerca de alguns exemplares dos engenhos alagoanos, de forma a preservar esta memória reunindo informações que possam subsidiar futuras ações de valorização, manutenção e preservação destes edifícios histórico-culturais, cuja proteção ao menos de seus registros documentais é de suma importância para a história da sociedade alagoana. Esse trabalho tem como metodologias a consulta bibliográfica, iconográfica, documental e visitas para registros fotográficos e métricos, a fim de documentar e preservar a memória destes engenhos, cuja contribuição foi fundamental para a colonização do estado. Estas informações deverão compor a base de dados digital do Grupo de Pesquisa Memória, Arquitetura e Paisagem (MAPA) a partir dos levantamentos e dos resultados da pesquisa. A pesquisa iniciou com a visita aos remanescentes de alguns engenhos. Previamente, foi realizada a proposta de criação de um diário conjectural, que buscou para materializar a ideia que os alunos pesquisadores tinham antes de conhecer os engenhos. Em seguida foram visitados engenhos de dois municípios de Alagoas, um em Satuba (o engenho Santo Antônio) e quatro no município de Pilar (engenhos Lamarão, Grajaú de Cima, Grajaú de Baixo e Engenho Novo) onde buscou-se tomar conhecimento do estado atual das edificações, compreender a dinâmica do espaço e registrá-lo através de anotações e fotografias. Contudo iniciou-se a etapa de revisão bibliográfica, com a leitura da história do açúcar em Alagoas como “o banguê nas Alagoas” e “o engenho de açúcar no Nordeste”, ambos de Diégues Júnior. A pesquisa contribui para ampliar a experiência em metodologias de pesquisa documental e de campo, confecção e apresentação de trabalhos acadêmicos, aprofundamento de conteúdos relativos à história da arquitetura e de Alagoas, bem como desenvolver a noção de valorização do patrimônio. Também foi relevante a experiência compartilhada com outros pesquisadores do grupo MAPA, e a colaboração com o Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem sediado na UFAL, pois contribuiu para alargar as bases de percepção do objeto de pesquisa.Downloads
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Referências
DIÉGUES JR., Manuel. Engenhos de Açúcar no Nordeste. Rio de Janeiro-Brasil: Ministério da Agricultura, 1952.
DIÉGUES JR., Manuel. O Bangüê nas Alagoas: traços da influência do sistema econômico do engenho de cana de açúcar na vida e na cultura regional. Maceió: EDUFAL, 2006.
GOMES, Geraldo. Engenho e arquitetura. Recife: Fundaj, Ed. Massangana, 2006.
TENÓRIO, Douglas Apratto. Caminhos do açúcar engenhos e casas-grandes de Alagoas. R. IHGB, Rio de Janeiro, 2009.
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Publicado
2020-08-10
Como Citar
Duque, M., Muniz, B. M., & Silva, A. G. P. da. (2020). REGISTRAR PARA LEMBRAR: A DOCUMENTAÇÃO COMO FORMA DE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DOS ENGENHOS ALAGOANOS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11107
Edição
Seção
PROBIC E PIBIC
Licença
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