REGISTRAR PARA LEMBRAR: A DOCUMENTAÇÃO COMO FORMA DE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DOS ENGENHOS ALAGOANOS.

Autores

  • Marcella Duque UNIT - Centro Universitário Tiradentes
  • Bianca Machado Muniz UNIT - CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES
  • Alessandra Gabrielly Pereira da Silva UNIT - CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES

Palavras-chave:

Arquitetura, engenhos alagoanos, memória.

Resumo

Os engenhos banguês foram os propulsores da colonização do estado de Alagoas. Estiveram presentes na paisagem desde o século XVI, tornando-se base da economia alagoana. A chamada “civilização do açúcar” influenciou diversos aspectos da sociedade, interferindo assim em esferas do meio político, social, econômico e cultural do nosso povo, de modo que até os dias atuais, a cultura do açúcar exerce influência relevante no estado. Apesar de sua importância histórica, em Alagoas, não existe engenho tombado, dificultando assim a preservação dos existentes, uma vez que a manutenção fica por conta dos proprietários que nem sempre percebem a importância histórica desses remanescentes, o que leva muitas vezes à descaracterização e mesmo à ruína dos exemplares que chegaram aos nossos dias. Dessa forma, essa pesquisa propõe selecionar, registrar e documentar informações acerca de alguns exemplares dos engenhos alagoanos, de forma a preservar esta memória reunindo informações que possam subsidiar futuras ações de valorização, manutenção e preservação destes edifícios histórico-culturais, cuja proteção ao menos de seus registros documentais é de suma importância para a história da sociedade alagoana. Esse trabalho tem como metodologias a consulta bibliográfica, iconográfica, documental e visitas para registros fotográficos e métricos, a fim de documentar e preservar a memória destes engenhos, cuja contribuição foi fundamental para a colonização do estado. Estas informações deverão compor a base de dados digital do Grupo de Pesquisa Memória, Arquitetura e Paisagem (MAPA) a partir dos levantamentos e dos resultados da pesquisa. A pesquisa iniciou com a visita aos remanescentes de alguns engenhos. Previamente, foi realizada a proposta de criação de um diário conjectural, que buscou para materializar a ideia que os alunos pesquisadores tinham antes de conhecer os engenhos. Em seguida foram visitados engenhos de dois municípios de Alagoas, um em Satuba (o engenho Santo Antônio) e quatro no município de Pilar (engenhos Lamarão, Grajaú de Cima, Grajaú de Baixo e Engenho Novo) onde buscou-se tomar conhecimento do estado atual das edificações, compreender a dinâmica do espaço e registrá-lo através de anotações e fotografias. Contudo iniciou-se a etapa de revisão bibliográfica, com a leitura da história do açúcar em Alagoas como “o banguê nas Alagoas” e “o engenho de açúcar no Nordeste”, ambos de Diégues Júnior. A pesquisa contribui para ampliar a experiência em metodologias de pesquisa documental e de campo, confecção e apresentação de trabalhos acadêmicos, aprofundamento de conteúdos relativos à história da arquitetura e de Alagoas, bem como desenvolver a noção de valorização do patrimônio. Também foi relevante a experiência compartilhada com outros pesquisadores do grupo MAPA, e a colaboração com o Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem sediado na UFAL, pois contribuiu para alargar as bases de percepção do objeto de pesquisa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcella Duque, UNIT - Centro Universitário Tiradentes

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Tiradentes - UNIT. Participante do grupo de pesquisa MAPA: "Memória, Arquitetura e Paisagem" (PROVIC).

Referências

DIÉGUES JR., Manuel. Engenhos de Açúcar no Nordeste. Rio de Janeiro-Brasil: Ministério da Agricultura, 1952.

DIÉGUES JR., Manuel. O Bangüê nas Alagoas: traços da influência do sistema econômico do engenho de cana de açúcar na vida e na cultura regional. Maceió: EDUFAL, 2006.

GOMES, Geraldo. Engenho e arquitetura. Recife: Fundaj, Ed. Massangana, 2006.

TENÓRIO, Douglas Apratto. Caminhos do açúcar engenhos e casas-grandes de Alagoas. R. IHGB, Rio de Janeiro, 2009.

Downloads

Publicado

2020-08-10

Como Citar

Duque, M., Muniz, B. M., & Silva, A. G. P. da. (2020). REGISTRAR PARA LEMBRAR: A DOCUMENTAÇÃO COMO FORMA DE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DOS ENGENHOS ALAGOANOS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11107

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC