ENXERTO GENGIVAL LIVRE PARA GANHO DE TECIDO QUERATINIZADO
Palavras-chave:
Palato, Raíz dentária, Retração gengival.Resumo
O freio labial inferior é uma membrana mucosa localizada na linha média da mandíbula que
conecta o lábio ao processo alveolar. Há casos em que a inserção se encontra muito alta, o que muitas
vezes vai acarretar em recessão gengival. Os defeitos de recessão gengival podem acarretar deficiência
estática, sensibilidade radicular, cárie radicular, dificuldade de realização de restaurações estéticas, entre
outros. O sucesso do recobrimento dessas retrações depende de sua classificação de Müller, onde as
classes I e II tem quase 100% de sucesso na maioria dos casos, enquanto classes III e IV tem um índice de
sucesso bastante baixo. A técnica de enxerto gengival livre tem se mostrado bastante eficiente e previsível
tanto para recobrimento de retrações gengivais quanto para aumento de tecido queratinizado, pórem a
mesma também apresenta algumas limitações como a morbidade pós-operatória e a cor do tecido pode se
apresentar distinta do tecido do paciente devido ao processo de reparo semelhante ao de cicatriz,
prejudicando um pouco a estética. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo relatar um caso em que foi
utilizado enxerto gengival do palato para o aumento de tecido queratinizado, mostrando a eficiência da
técnica. Foram utilizados artigos da base de dados PubMed cujo o conteúdo fosse relevante para o
trabalho. Paciente do sexo feminino, 31 anos de idade, chegou à clínica odontológica do Centro
Universitário Tiradentes (Unit-AL) se queixando de retração no dente inferior. Ao exame extrabucal não foi
observada nenhuma anormalidade. Ao exame intrabucal foi observado o freio labial inferior com inserção
alta em conjunto a uma pequena faixa de gengiva queratinizada, sendo estes os fatores etiológicos da
recessão classe III de Muller no dente 31. Apesar dessa classificação de Müller possuir prognóstico ruim
com baixa chance de recobrimento, o tratamento visa aumentar a faixa de gengiva queratinizada para que o
dano tecidual não progrida. Sendo assim, foi optado pela frenectomia labial inferior associada ao enxerto
gengival livre que teve o palato como área doadora e logo após a obtenção foi suturado na área receptora.
A associação da frenectomia com o enxerto gengival livre possui vantagens em comparação com a
frenectomia isolada, visto que a presença do enxerto na região evita a reinserção das fibras equivalentes ao
freio. A paciente encontra-se em acompanhamento clínico, mas pode-se constatar que a técnica de enxerto
gengival livre se mostrou muito eficiente no ganho de tecido queratinizado.
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Referências
FEITOSA, D. S. Indicações atuais dos enxertos gengivais livres. RGO, v. 56, n. 2, p. 1-6, 2008.
JENABIAN, N. et al. Gingival Unit Graft Versus Free Gingival Graft for Treatment of Gingival Recession: A Randomized
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NOGUEIRA FILHO, G. R. et al. Frenectomia associada ao enxerto gengival livre. RGO, v. 53, n. 2, p. 85-164, 2005.
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