Distúrbios do sono e obesidade: uma revisão narrativa

Resumo

Introdução: O sono é um processo biológico e uma necessidade fisiológica essencial para assegurar a sobrevivência do ser humano. É essencial para todos os indivíduos, sem distinção de idade, de sexo ou de etniae ocupa cerca de um terço da vida de uma pessoa, sendo de extrema importância de forma cíclica para que possam ser restauradas as capacidades físicas e mentais.(Boukhris, 2012).A obesidade tornou-se uma epidemia a nível mundial. A sua predominância e gravidade colerraciona-se com o aumento das doenças associadas e a sua prevenção constitui uma medida inadiável na maioria dos países desenvolvidos.Estudos mostraram que tanto a duração do sono quanto a insônia têm um impacto na obesidade e na obesidade central (RUIZ et al., 2016; CAI et al., 2018; Grandner,2017).Objetivo:avaliar a relação entre a privação do sono e a obesidade. Metodologia:Trata-se de uma revisão de literatura, utilizou-se os descritores sleep disorders e obesity.A busca dos artigos científicos foi realizada nas bases periódicas: Pubmed e Scielo, no mês de outubro de 2018. Resultados: foram encontrados artigos e dez atenderam o objetivo da pesquisa, observou-se que o sono constitui uma função biológica essencial, no entanto a sociedade moderna está cada vez mais afetada pela privação de sono e a sua alteração têm repercussões negativas na saúde da população.Nos últimos quarenta anos, observou-se uma diminuição global do número de horas de sono e chegou atualmente a um valor inferior a sete horas por pessoa por noite . Um terço dapopulação adulta refere dormir menos de seis horas por noite, o que leva muitos a pensar quevivemos em 

sociedades“privadas de sono”(Boukhris, 2012). No estudo de foi visto que a duração do sono curto e longo, assim como os sintomas de insônia, estão associados à obesidade e à obesidade central (CAI et al., 2018). Conclusões: O sono caracterizado como suficiente corresponde à quantidade necessária para permitir completar de forma eficiente as atividades da vida diária. O sono não se apresenta como estágio único, mas sim como uma sucessão de estágios. Uma forte diminuição da sua duração pode levar à distúrbios mais ou menos marcados, dentro dos quais o mais imediato reside na redução dos níveis de vigília diurna, fadiga, impacto na eficiência das tarefas diurnas e possível ocorrência de acidentes. A privação de sono provoca uma resposta inflamatória que leva a um aumento dos níveis séricos de citocinas pró-inflamatórias. A proteína C reactiva (PCR) e a Interleucina6 (IL-6) encontram-se aumentadas em humanos em condições de privação de sono.