RELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL INFANTIL E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO EM 12 MUNICÍPIOS ALAGOANOS.

Autores

  • Clarissa Brito

Palavras-chave:

Alagoas, altura x peso, índice de desenvolvimento humano.

Resumo

Atualmente o Brasil enfrenta uma transição epidemiológica marcada com elevadas taxas de morbidade e mortalidade, muito devido às recentes mudanças no perfil demográfico da população. Dados recentes apontam que a desnutrição vem dando lugar à crescente do sobrepeso e obesidade, o que implicou em um declínio de 72% no déficit estatural observado em crianças menores de 5 anos. Sob esse contexto, o presente trabalho tem como objetivo observar a existência de correlação entre o estado nutricional de crianças de 0 a 5 anos, avaliado a partir da relação Peso x Altura, com o índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) em 12 municípios da região Leste Alagoana, escolhidos aleatoriamente. Foram coletados dados dos relatórios consolidados a partir do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN, 2018) do Ministério da Saúde e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2010).Foi destacado que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em Alagoas ocupa a última colocação no Ranking nacional, com a marca de 0,631, enquanto o Distrito Federal figura a 1ª colocação com valor de 0,824. Já observando o Ranking de IDHM entre  todos os municípios do Estado, tem-se a cidade de Satuba ocupando a 2ª colocação (IDHM =0,660), Rio Largo na 4ª (IDHM=0,643), Barra de São Miguel na 9ª (IDHM=0,615), Santa Luzia do Norte na 15ª (IDHM = 0,597), Maragogi na 34ª (IDHM=0,574), Jundiá na 52ª (IDHM=0,562), Campestre na 55ª (IDHM=0,559), Jacuípe na 66ª (IDHM = 0,548), Porto de Pedras na 69ª (IDHM=0,541), Murici na 82ª (IDHM = 0,527), Novo Lino na 90ª (IDHM = 0,521) e Ibateguara na 92ª colocação (IDHM = 0,518).  A partir dos dados obtidos do SISVAN, onde se classifica o estado nutricional de crianças de 0 a 5 anos a partir da relação Peso x Altura em: magreza acentuada, magreza, peso adequado, risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade, pôde-se listar os municípios anteriormente mencionados em ordem decrescente de risco nutricional. Considerou-se em estado de risco nutricional todas as crianças não classificadas em peso adequado e risco de sobrepeso (n=568). Dessa forma, em ordem decrescente de risco nutricional, tem-se: Jundiá (75%), Ibateguara (42,85%), Campestre (25%),  Novo Lino (24,38%), Rio Largo (22,43%), Satuba (21,73%), Murici (18,34%), Santa Luzia do Norte (17,72%), Barra de São Miguel (15,29%), Maragogi (12,9%) e Porto de Pedras (10%). Os dados referentes à cidade de Jacuípe ainda não foram disponibilizados este ano no SISVAN, o que impossibilitou a sua inserção no ranking. Os dados coletados sugerem relação estatisticamente significativa entre o IDHM dos municípios selecionados e o estado nutricional a partir da avaliação Peso x Altura para crianças de 0 a 5 anos. Ao comparar os dois rankings gerados, pôde-se registrar que os quatro municípios com pior IDHM também apresentavam as maiores taxas de risco nutricional, inclusive seguindo o mesmo ordenamento entre eles.


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Referências

ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL. RANKING- ALAGOAS (2010). Disponivel em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking/>Acesso em: 21 de Outubro de 2018

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Brito, C. (2020). RELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL INFANTIL E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO EM 12 MUNICÍPIOS ALAGOANOS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11053

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas