A PREVALÊNCIA DA TUBERCULOSE EM PACIENTES COM AIDS NO ESTADO DE ALAGOAS ENTRE 2015 E MAIO DE 2018: UM AGRAVO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE E ÀS DESIGUALDADES
Palavras-chave:
AIDS, prevalência, tuberculose.Resumo
RESUMO: A tuberculose (TB) é um problema crescente em saúde pública no Brasil, sendo para os portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) - causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) - a maior causa infecciosa de morte relacionada a esta infecção. Apesar do desempenho de tecnologias existentes terem um papel fundamental, necessidades essenciais persistem, especialmente aquelas relacionadas ao diagnóstico, ao tratamento da TB e ao acesso às medidas de prevenção. OBJETIVOS: Desta forma, no presente estudo objetivou-se avaliar a prevalência da tuberculose em pacientes portadores da AIDS no estado de Alagoas no período entre 2015 e maio de 2018 e as causas associadas às notificações de AIDS e TB. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter quantitativo, pautado em pesquisas oriundas da base de dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) e de estudos publicados nas bases de dados SciELO, PubMed e Lilacs no período de 2017 a junho de 2018. RESULTADOS: Pela análise dos dados, foram encontrados a notificação de 3661 casos de tuberculose nos últimos anos, com 10,68% desses casos associados à AIDS. Observou-se que, de janeiro a maio de 2018, 13,51% dos indivíduos que adquiriram TB tinham AIDS e com o decorrer dos anos anteriores, essa porcentagem apresentou um decréscimo, sendo no período de 2017 de 11,11%, 2016 de 12,37% e 2015 de 8,02%. Além disso, os estudos demonstram que existe uma correlação do número crescente da TB associada à AIDS com as negligências em saúde pública no Brasil. Verificou-se também que o HIV se projeta em áreas de marginalização e se manifestam em populações mais vulneráveis, o que demonstra a existência de uma barreira para o acesso de assistência pública relacionada à incúria na prevenção da tuberculose nessas populações, diante de uma política de redução às desigualdades ineficiente. CONCLUSÃO: A tuberculose em pessoas infectadas pelo HIV é um agravo relevante para a saúde da população brasileira e necessita de novas políticas públicas que modifiquem o contexto econômico e político regional, em favor das desigualdades. Como resposta a essa emergência global, é preciso um conjunto articulado de ações que perpassem a vigilância epidemiológica, com o intuito de facilitar a adesão ao tratamento e de promover informações clínicas, envolvendo familiares e profissionais de saúde no processo, oferecendo, assim, assistência integral ao paciente com co-infecção tuberculose/AIDS.
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Referências
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