ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA EM POLICIAIS MILITARES

Resumo

INTRODUÇÃO:  A atividade física regular está relacionada com a melhoria da saúde, com a prevenção de diversas doenças crônicas não transmissíveis (como: hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, câncer, acidente vascular encefálico) e também relacionada a qualidade de vida. Neste contexto, práticar exercício pode reduzir em 35% o risco de morte por doenças cardiovasculares e em 33% a mortalidade por todas as causas. Os policiais militares representam uma classe de trabalhadores diferenciados, por conta de vários fatores que influenciam o exercício da sua profissão, dentre os quais podem ser destacados a convivência com a violência e o risco de morte, a carga e condições de trabalho e o estresse. Por isso, bons níveis de aptidão física são necessários para o desempenho do serviço policial militar. Mas estudos realizados com policiais militares, em alguns estados brasileiros, têm relatado a presença de elevado peso corporal. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo identificar o Índice de Massa Corporal (IMC), de policiais militares de um batalhão localizado na região Nordeste do Brasil. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, realizado através questionário e verificação de medidas antropométricas. A amostra se constituiu por 52 participantes, 91,9% do sexo masculino. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa conforme parecer CAAE 81005817.1.0000.5641. RESULTADO E DISCUSSÃO: Sujeitos a uma jornada de trabalho de 12 horas noturnas, sem períodos de descanso e uma forte dose de estresse, os policiais militares utilizam-se de uma dieta desbalanceada, causando aumento de peso e da circunferência abdominal (BORGES, 2013). Dos 52 participantes, 47 (90,38%) alegaram não realizar atividade física, e 28,57% (06) dos 21 que apresentaram circunferência abdominal alterada afirmaram serem portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica. De fato, a prática regular de atividade física pode ser benéfica em vários aspectos, pois não promove apenas diminuição do risco cardiovascular, mas atua também melhorando o funcionamento do sistema digestivo, imunológico, nervoso, músculo esquelético e respiratório concomitantemente a melhora da auto-estima e alívio do estresse colaborando para uma melhora da qualidade de vida (SILVA et al., 2011). Neste contexto, a enfermagem assume um papel primordial no acompanhamento desses indivíduos nas ações de prevenção primária, secundária e terciária, contribuindo para a promoção da saúde, diagnóstico precoce o que diminui o risco de complicações. CONCLUSÃO: Com base nas informações levantadas por este estudo, pode-se concluir que existe um percentual significativo de policiais militares com IMC alterado, o que aumenta seu risco cardiovascular. A enfermagem pode atuar promovendo a prática de exercícios físicos e alimentação saudável além de contribuir com a assistência à pacientes com doenças crônicas relacionadas ao sobrepeso e obesidade.