Observação de Calcificações em Tecidos Moles Nas Radiografias Panorâmicas: Identificação de Casos de Tonsilolitos

Resumo

A radiografia panorâmica é um dos exames complementares radiográficos mais utilizados na odontologia, existindo grande possibilidade do cirurgião-dentista se deparar com achados radiográficos. Dentre as demais estruturas, destacam-se calcificações patológicas como é o caso dos tonsilolitos. As calcificações patológicas podem possuir aspecto radiográfico semelhante em uma radiografia panorâmica. As concreções presentes nas tonsilas, geralmente estão associados à história de tonsilolite crônica e sua patogênese, apesar de ser incerta, se refere a calcificações resultantes de uma tonsilolite não curada e que a presença de células e bactérias mortas servem como um nicho para o início da calcificação ou em que a formação do cálculo tonsilar pode ser causada pela estase salivar nos ductos eferentes das glândulas salivares acessórias. Objetivos: Esse trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão sistemática de literatura a respeito das características radiográficas dessas calcificações em tecidos moles propriamente da região de cabeça e pescoço. Diante do exposto, conclui-se que a utilização de radiografias panorâmicas é uma técnica importante para o preciso diagnóstico de tonsilolitos. Metodologia: O trabalho seguiu o estudo exploratório a partir da leitura e seleção de artigos científicos nas bases de dados LILACS e MEDLINE, publicados nos últimos oito anos, registro das informações extraídas com os assuntos referentes a radiologia, calcificações patológicas e tonsilolitos, análise e interpretação dos resultados. Resultados: Os tonsilolitos são formados quando ocorrem episódios frequentes de inflamação, os resquícios bacterianos se alimentam de muco que se acumula nas criptas tonsilares, assim servem de sitio para o desenvolvimento da calcificação distrófica. Clinicamente apresentam- se de consistência endurecida, arredondado e sem sintomatologia, em calcificações maiores pode ocorrer dor, disfagia, mau cheiro, inchaço e ulcerações. Aparecem em radiografias odontológicas convencionais por serem o primeiro exame complementar, facilidade na técnica e baixo custo, apresentando-se como múltiplas áreas de radiopacidade mal definidas, entretanto na radiografia panorâmica se caracteriza como uma lesão radiopaca, adjacente ou sobreposta ao ramo mandibular, como uma ilha de osso denso. Conclusão: Conclui-se que é importante o conhecimento da anatomia radiográfica para identificação de achados importantes e suspeitos de quaisquer padrões de anormalidade, permitindo assim que o cirurgião-dentista chegue a um diagnóstico correto e em seguida realização de intervenções precoce.