SAÚDE MENTAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: PRÁTICAS E DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS CIRURGIÕES-DENTISTAS
Palavras-chave:
Estratégia de Saúde da Família, Odontologia, Saúde Mental.Resumo
RESUMO: Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, os transtornos mentais representam uma questão prioritária de saúde pública. Com a Reforma Psiquiátrica, os direitos das pessoas com transtornos mentais foram redirecionados ao modelo assistencial oferecido pelo Sistema Único de Saúde, sendo a Estratégia de Saúde da Família (ESF) a ferramenta primordial para tal finalidade. Neste contexto, o cirurgião-dentista (CD) como membro das equipes da ESF pode ser um profissional que detecta, interfere e encaminha o usuário com transtorno mental. Objetivos: O objetivo do presente trabalho é analisar a atuação dos CDs das equipes de ESF de Maceió – AL, em relação às ações, às práticas e os desafios do cuidado em Saúde Mental (SM). Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo do tipo transversal e de cunho descritivo com abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram selecionados a partir de sorteio aleatório contemplando um profissional da representativo dos oito distritos sanitários de Maceió - AL. A coleta dos dados foi realizada a partir da aplicação de um questionário e entrevista face a face. O produto da entrevista foi registrado em áudio e, posteriormente transcritos em formulário específico, para análise dos dados. O projeto foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIT/AL. Resultados parciais: Até o presente momento sete cirurgiões-dentistas foram entrevistados e observou-se em seus relatos o desconhecimento ou conhecimento superficial acerca da reforma psiquiátrica, bem como a falta de capacitação dos profissionais para atuar em SM. Nota-se também que não há desenvolvimento de projetos voltados para a SM, além de demonstrarem que não há espaço físico para o desenvolvimento de atividades terapêuticas e preventivas. Além disso, conta-se com o descontentamento quanto ao apoio dos serviços públicos, a falta de capacitação e de profissionais especializados na ESF. Conclusão: Com base no exposto, percebe-se que os desafios prevalecem e dificultam a realização de ações em SM pelos CDs das ESF de Maceió-AL. Dessa forma, embora com resultados parciais, já se tem material relevante que comprove a necessidade de maiores discussões e de implementações de políticas públicas direcionadas à SM.
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Referências
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