A LUTA NO PRÉ-NATAL DAS MULHERES NEGRAS PELA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA: O RACISMO INSTITUCIONAL
Palavras-chave:
Enfermagem, Cuidados pré-natal, Garantia da qualidade dos cuidados de saúde.Resumo
INTRODUÇÃO: Desde sempre o Brasil vive o racismo em qualquer modo, até nos dias de hoje isso é uma realidade muito forte e que vem segregando e matando dezenas de pessoas negras sobretudo as de renda social baixa ou seja a desigualdade social atingindo todas suas esferas. Não seria diferente nos postos de atendimento e no âmbito hospitalar onde o racismo institucional acontece e com ênfase na mulher negra. Devido as necessidades gritantes as ações governamentais veem em 2005 com registro do requisito raça/cor, monitoramento de desfechos demográficos, sociais e de saúde, para assim saber onde estão essas mulheres e quais índices elas pertencem. OBJETIVO: Trazer a problemática do racismo institucional com ênfase no pré-natal das mulheres negras nos serviços de saúde. METOLOGIA: Estudo descritivo, qualitativo, baseado na revisão de literatura que teve com objetivo abordar o racismo acometido em mulheres negras no pré-natal nos serviços de saúde. Baseado na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) dos últimos 10 anos. Nos critérios de inclusão: artigos; com recorte temporal de 2010 à 2018. Critério de exclusão: revisão de literatura e que não respondesse o objetivo da pesquisa. Os descritores foram Enfermagem RESULTADOS: Uma pesquisa dos anos 2000 já mostrava o percentual de gestantes negras que recebeu no Ministério da Saúde considerada como o pacote mínimo de qualidade para assistência prénatal, sendo 6 consultas ao longo da gestação, mais uma consulta no puerpério e foi de 61% e 31%, em contraste 77% e 46% das brancas. Contudo as mulheres negras são mais propicias ao risco de mortalidade materna que geralmente se dá pelo difícil acesso aos serviços de saúde, má assistência a essa mulher, assim dobrando a taxe de mortalidade comparado ao das mulheres brancas. Em São Paulo foi notificado que a mortalidade materna foi a segunda causa de morte entre as mulheres negras superando 5,6 cada vez maior que de uma mulher branca. CONCLUSÃO: As desigualdades raciais, resultantes dos efeitos da exclusão social e do racismo, são manifestadas através da prática do preconceito e da descriminação. Pesquisas revelam que as iniquidades em saúde das mulheres negras são decorrentes da violação de direitos que dificultam a ascensão social e acesso a condições dignas aos serviços de saúde.
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