SÍNDROME DE HELLP: ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS

Autores

  • Valéria Souza dos Santos Centro Universitário Tiradentes - UNIT
  • Isabella Carvalho Alves Centro Universitário Tiradentes - UNIT
  • Vanessa Souza dos Santos Centro Universitário Tiradentes - UNIT
  • Victor Augusto Gomes de Farias Centro Universitário Tiradentes - UNIT
  • Andrielly Araujo Santos da Silva Centro Universitário´rio Tiradentes - UNIT
  • Ronaldo Gomes Alvim Centro Universitário Tiradentes - UNIT

Palavras-chave:

Diagnóstico, Gestação, Pré-eclâmpsia.

Resumo

RESUMO: INTRODUÇÃO: A síndrome HELLP é um transtorno específico da gravidez caracterizada pela pré-eclampsia grave. Ela ocorre devido à elevação de enzimas hepáticas (EL), hemólise (H), e contagem de plaquetas diminuídas (LP). Acomete em aproximadamente 1 a 2 a cada 1.000 gestações, tendo como complicações edema agudo do pulmão, insuficiência renal e podendo ocasionar mortalidade materna e perinatal. Entre as manifestações clínicas presentes na mulher está a proteinúria, hipertensão, dor epigástrica,náuseas e vômitos, cefaléia, distúrbios visuais e icterícia. O diagnóstico é estabelecido através da clínica da paciente, além de alguns exames laboratoriais. O tratamento é indicado se a síndrome ocorrer após a 34ª semana de gestação ou se condições fetais e/ou maternas ocorrerem. No entanto, é possível a ocorrência do quadro após o parto. O prognóstico é reservado, com alto índice de mortalidade, e o risco de recorrência dessa síndrome é pequeno. OBJETIVO: O presente trabalho é caracterizado pela abordagem clínica e diagnóstica da Síndrome de Hellp e seus possíveis prejuízos. METODOLOGIA:  Como metodologia foram realizados estudos de dados e informações obtidas por intermédio de artigos de revisão, disponibilizados por meio das fontes Scielo e Pubmed, a fim de verificar quais são os aspectos clínicos e laboratoriais envolvidos no diagnóstico da síndrome de HELLP, com a finalidade de analisar as decorrentes alterações existentes. RESULTADOS ECONCLUSÕES: De acordo com os estudos realizados, pode-se constatar que Existem pesquisas de que  o excesso de fatores anti-angiogênicos que são produzidos pela placenta e que, posteriormente, seguem para os órgãos causando distúrbios na vasculatura e órgãos periféricos. A grande quantidade de tirosina-quinase 1, proteína proveniente da placenta, são responsáveis pelos sintomas. Mulheres com pré-eclâmpsia precoce possuem os maiores níveis de sFlt-1 e estas são capazes de inibir  a sinalização do (VEGF) fator de crescimento endotelial vascular local em órgãos-alvo e (PlGF) fator de crescimento placentário, desse modo a hemólise eleva as enzimas hepáticas e provoca a plaquetopenia. A classificação do distúrbio segundo o sistema HELLP de classe tripla do mississippi ocorre através da contagem plaquetária do nadir. O tratamento é indicado se a síndrome hellp ocorrer após a 34ª semana de gestação ou se condições fetais e/ou maternas ocorrerem. No que se refere ao colo do útero, sendo desfavorável, é necessário provocar o amadurecimento cervical e posteriormente o parto. Nas gestações entre 24 e 34 semanas, a maioria dos autores tem predileção a um único ciclo de corticoterapia para maturação pulmonar, 2 doses de 12mg de betametasona com 24 horas de intervalo ou 6mg de Dexametasona com 12 horas de intervalo antes do parto. É importante ressaltar que doses elevadas devem ser evitadas, pois podem provocar efeitos e consequências a longo prazo no cérebro fetal. O parto antes de 34 semanas de gestação só pode ser realizado caso ocorram sinais de sofrimento fetal intra-uterino, além disso a pressão arterial deve está abaixo de 155/105 mmHg e os cuidados pós-parto devem ser mantidos por pelo menos 48 horas. O diagnóstico precoce que envolve  avaliação clínica e laboratorial é de suma importância, pois previne complicações futuras e melhoram o prognóstico. Sintomas como dores epigástricas localizada no quadrante superior direito, mal estar, náuseas, além dos sintomas de doenças hipertensivas estão presentes. Exames bioquímicos e hematológicos como hemograma, EAS, creatinina sérica, desidrogenase lática, ácido úrico, bilirrubinas e transaminases são necessários, onde o (AST) aspartato transaminase está acima de 70 U/L e o (LDH) desidrogenase lática  está acima de 600 U/L.


PALAVRAS-CHAVES:  Diagnóstico, Gestação, Pré-eclâmpsia.


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Biografia do Autor

Valéria Souza dos Santos, Centro Universitário Tiradentes - UNIT

Biomedicina

Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

dos Santos, V. S., Alves, I. C., dos Santos, V. S., Gomes de Farias, V. A., Santos da Silva, A. A., & Alvim, R. G. (2020). SÍNDROME DE HELLP: ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/10918

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas