IDENTIFICAÇÃO RADIOGRÁFICA DO PSEUDOCISTO MUCOSO EM SEIO MAXILAR: REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Seios Maxilares, Radiografia Panorâmica, Tomografia ComputadorizadaResumo
Dentre as diferentes alterações patológicas que podem acometer os seios maxilares, os cistos do seio maxilar são encontrados com mais frequência. O pseudocisto mucoso em seio maxilar, por exemplo, é considerada uma lesão benigna, assintomática e autolimitada. Sua patogênese parece ser baseada em hipóteses e, por isso, muitos nomes foram lhe atribuídos, incluindo cisto benigno da mucosa da maxila, pseudocisto, cisto seroso, cisto mucoso e cisto de retenção do seio maxilar. Eventualmente sua descoberta ocorre em exames radiográficos de rotina, onde pode ser observada uma lesão radiopaca bem definida em forma de cúpula. Apresenta crescimento lento e tamanho variável. Entretanto, o pseudocisto mucoso em seio maxilar pode crescer até preencher completamente a cavidade sinusal, ocasionando obstrução e secreção nasal. Objetivo(s): Por constituir-se num achado acidental em radiografias, o presente trabalho objetiva expor características clínicas e radiográficas que auxiliem no diagnóstico correto do pseudocisto mucoso em seio maxilar. Metodologia: Para isso, utilizou-se no estudo os buscadores desenvolvidos a partir do MeSH: Antralpseudocyst, Mucosal Pseudocyst, Maxilary Sinus e Radiography, sendo selecionados artigos da base de dado PubMed, entre os anos de 2007 até 2018, publicados na língua inglesa. Resultados: Classicamente o pseudocisto mucoso localizado no assoalho intacto do seio maxilar é observado como uma lesão radiopaca bem definida, homogênea, em forma de cúpula. De acordo com a literatura, não há uma correlação significativa entre a faixa etária de vida e a sua prevalência, assim como não parece ter diferença considerável de acometimento entre o seio maxilar direito e esquerdo, apresentando-se na maioria dos casos como uma lesão unilateral. Em relação ao gênero, a ocorrência foi considerada maior em homens do que em mulheres. O pseudocisto mucoso em seio maxilar pode acometer pacientes dentados e não desdentados, o que sugere uma origem não odontogênica. Geralmente apresenta-se como uma condição assintomática, porém, em casos em que há um aumento significativo, ele pode tornar-se sintomático e exigir tratamento. O diagnóstico pode ser obtido por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico, pois fornece imagens tridimensionais com distorção insignificante dos tecidos maxilofaciais mineralizados. Outra ferramenta considerada adequada e que também pode ser incluída para o diagnóstico desses casos é a radiografia panorâmica, pois vai permitir a visualização do assoalho e da parede posterior do seio maxilar. Conclusão(sões): As radiografias realizadas na rotina odontológica podem proporcionar aos Cirurgiões-dentistas a oportunidade do reconhecimento de alterações dos seios maxilares. O pseudocisto mucoso em seio maxilar é um exemplo delas. No entanto, para alcançar o correto diagnóstico dessa patologia, torna-se indispensável o conhecimento das suas características clínicas e radiográficas.
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Referências
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