AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS INCIDENTES DE LEUCEMIA EM ALAGOAS NOS ANOS DE 2016 A 2017
Palavras-chave:
Alagoas, câncer, doença onco-hematológica.Resumo
Introdução: A leucemia caracteriza-se pelo acúmulo de células jovens anormais na medula óssea sendo o câncer mais comum em crianças. Corresponde a 2% de todas as neoplasias malignas nos adultos e sua origem é desconhecida. De acordo com as estimativas do Instituto de Câncer José Alencar Gomes da Silva para 2018, a incidência de leucemia em Alagoas é de 3,3 casos a cada 100 mil homens e 3,18 casos a cada 100 mil mulheres, contudo esses dados não estratificam a neoplasia de acordo com seus tipos, já que, de forma geral, associam-se os critérios de origem, gerando quatro tipos de leucemia: Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), Leucemia Mielocítica Aguda (LMA), Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) e Leucemia Mielocítica Crônica (LMC).Objetivos:Determinar a incidência e epidemiologia da Leucemia em Alagoas nos anos de 2016 a 2017. Metodologia: A pesquisa será realizada através de acesso ao banco de dados do Hemocentro de Alagoas (HEMOAL) e demais hospitais associados, composto por informações epidemiológicas dos pacientes e resultado de exames necessários respeitando a Resolução CNS 196/96 em consonância com pesquisa de incidência e prevalência da Leucemia nos últimos 10 anos de acordo com dados nacionais. Resultados:Durante o início da pesquisa identificamos que o exame necessário para a classificação da Leucemia, a imunofenotipagem, não é realizado pelo Hemoal, e sim por instituições parceiras como Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Santa Casa de Misericórdia de Maceió e Fundação Hospital da Agroindústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas, sendo fundamental a associação com essas instituições para cumprimento do objetivo da pesquisa. De acordo com a pesquisa bibliográfica ficou clara que, apesar de políticas públicas como a Lei 12.732 de 22 de Novembro de 2012, existe um aumento contínuo da incidência de Leucemia em 13,2% nos últimos dez anos, com um maior acometimento do sexo masculino nos índices brasileiros. Entretanto, Alagoas contrapõe o esperado, com uma ligeira prevalência do sexo feminino, por fatores ainda não conhecidos.Conclusão: Até essa etapa da pesquisa fica evidente que as medidas que foram tomadas pelo Governo Federal não estão funcionando como esperado e que os fatores de risco ligados a essa doença devem ser levados em consideração, já que há uma diferença epidemiológica considerável entre Alagoas e demais estados da federação. Também pudemos constatar que não existe um serviço adequado de referência e contra-referência entre as instituições de cuidado do paciente com Leucemia.
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