NÍVEL DE (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR DE USUÁRIOS DE DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM MACEIÓ-AL

Autores

  • Jarlane Gomes da Silva Centro Universitário Tiradentes-UNIT
  • Mayara Marisa da Silva Dias Centro Universitário Tiradentes - UNIT
  • Maria de Lourdes da Silva Gomes de Azevedo Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Desigualdade social, Fome, Insegurança Alimentar.

Resumo

Introdução: A segurança alimentar e nutricional (SAN) pode ser estabelecida como o direito de todos a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Já a insegurança alimentar diz respeito a sensação que o indivíduo apresenta diante da preocupação e/ou angústia da incerteza de ter o alimento diariamente, diante da fome ou na ingestão alimentar insuficiente de má qualidade nutricional incapaz de atender suas necessidades básicas. Com isso, a avaliação do nível de segurança alimentar e nutricional é fundamental para a focalização das políticas sociais, trata-se de uma tarefa estratégica para determinar prioridades de intervenção e dos seus impactos. Nos anos 1990, foi criado nos Estados Unidos uma ferramenta que analisa a insegurança alimentar, a qual foi adaptada ao Brasil sendo conhecida como Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Esse instrumento vem sendo utilizado como um indicador para detectar famílias em risco de insegurança alimentar. Objetivo: Avaliar o nível de insegurança alimentar de usuários de dois Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) em Maceió/AL através da utilização da EBIA. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo transversal, onde aplicou-se o questionário da EBIA, composto por 14 perguntas que refletem desde a preocupação pela comida acabar antes de se poder comprar novamente, até a ausência total da mesma, direcionadas aos três últimos meses sendo que seis perguntas são destinadas às famílias com menores de 18 anos. Resultados: Diante dos resultados obtidos observou-se que as famílias com menores de 18 anos estão em maior situação de risco, sendo 23% em situação de segurança alimentar, 15% em insegurança alimentar leve, 31% em insegurança alimentar moderada e 31% em situação de insegurança alimentar grave. Já as famílias sem menores de 18 anos estão com menor risco comparada ao grupo anterior com 47,71% em situação de segurança alimentar, 22,85% apresenta insegurança alimentar leve, 28,87% em insegurança alimentar moderada e 2,85% em situação de insegurança alimentar grave. Conclusão:  Considera-se que a aplicação da EBIA seja um importante indicador para o monitoramento da desigualdade social, podendo contribuir para um conjunto de aspectos da identificação de grupos em vulnerabilidade social. A pesquisa mostrou que a vulnerabilidade à insegurança alimentar é observada, principalmente, nos domicílios de baixa renda, que possuem menores de 18 anos, com pouca disponibilidade ou acesso aos alimentos,  sugerindo a necessidade de políticas públicas dando ênfase a melhorar as necessidades básicas familiares bem como o acesso a alimentação qualitativa e quantitativamente adequada.

 

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Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Silva, J. G. da, Dias, M. M. da S., & Azevedo, M. de L. da S. G. de. (2020). NÍVEL DE (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR DE USUÁRIOS DE DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM MACEIÓ-AL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/10878

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas