A PREVALÊNCIA DA CONTAMINAÇÃO DO SOLO POR GEO-HELMINTOS EM PRAÇAS PÚBLICAS DA CIDADE DE MACEIÓ-AL

Resumo

INTRODUÇÃO: As infecções por parasitos estão sempre presentes no Brasil causando consequências como anemias, irritabilidade, retardo do crescimento e cognitivo, desnutrição, além da suscetibilidade a outras infecções. Estima-se que infecções provocadas por helmintos e protozoários atinja cerca de 3,5 bilhões de pessoas, causando enfermidades em 450 milhões em todo o mundo, especialmente em crianças, os geohelmintos possuem uma ampla distribuição no Brasil, principalmente em municípios de baixo índice de desenvolvimento humano, ressaltando que nos estados do nordeste possuem predomínio de infecção por Ascaris lumbricoides, Ancylostoma spp e de Trichuris trichiura. Em geral a transmissão dos enteroparasitas ocorrem por via oral, predominante em áreas com baixas condições de higiene e ausência de tratamento adequado de água e esgoto, dessa forma favorecendo a contaminação e disseminação de ovos, cistos e larvas. O contágio das areias de espaços públicos ocorrem devido o grande fluxo populacional o que estabelece uma contrariedade de saúde pública, pois estas podem ser reservatórios de microrganismos, dessa maneira facilitando a transmissão de parasitos. OBJETIVO: Analisar o índice de contaminação bem como identificar os parasitos de algumas praças da cidade de Maceió/AL. METODOLOGIA: Foram realizadas coletas de amostras de areia de 14 praças públicas aleatórias na cidade de Maceió/A, onde em cada um dos locais pesquisados foram estabelecidos 3 pontos de coleta com distância aproximada de 10 metros, entre eles, sendo a área central, direita e esquerda. As amostras foram coletadas com 5cm de profundidade recolhendo aproximadamente 40g de areia de cada ponto escolhido. O método de análise aplicado para foi o Hoffman Pons e Janer, sedimentação espontânea (HPJ). RESULTADOS E CONCLUSÕES: Pode-se concluir que das 14 praças pesquisadas, 10 apresentaram positividade para algum tipo de parasito, representando 71,42%, onde 42,85% larva de Strongyloides stercoralis, 35,71% cistos de Entamoeba Histolytica, 21,42% de ovo de Ascaris lumbricoides e 7,1% de Ancylostoma spp e Hymenolepis nana das amostras coletadas. Apenas 4 praças não apresentaram positividade para nenhum parasito correspondendo a 28,57%. Estes dados indicam que na maioria das praças existe um risco de contaminação parasitária principalmente por larvas especificamente larvas de Strongyloides stercoralis pois esta tem penetração ativa sendo necessário apenas ter um contato direto com areia, diferente para o Ascaris lumbricoides que precisa de uma contaminação secundária pois este necessita de ingestão acidental dos ovos. Deve-se ressaltar que algumas praças possuam resultados negativos, não se pode afirmar que estas não estejam contaminadas, pois só foram analisados 3 pontos de coleta, sendo dessa forma possível encontrar contaminação nos demais pontos da praça.