ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA E LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL NOS ANOS DE 2011 A 2016.

Autores

  • Allana Fernanda Sena dos Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL
  • Thaís Rafaela Santos Pinto CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL
  • Anacassia Fonseca de Lima CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL

Palavras-chave:

Epidemiologia, Leishmaniose cutânea, Leishmaniose visceral.

Resumo

Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV) são doenças infecciosas, causadas por espécies de protozoários do gênero Leishmania, transmitida por insetos (vetores) denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. São doenças que afetam outros animais e posteriormente o homem que pode ser envolvido secundariamente. É um problema de saúde pública mundial, com prevalência em 12 milhões de pessoas, aproximadamente 2 milhões de novos casos por ano, sendo 1,5 milhões de pessoas para leishmaniose cutânea e 500.000 para a forma visceral. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar Americana e Leishmaniose Visceral no município de Maceió/ AL. Metodologia: Trata-se de estudo epidemiológico transversal de abordagem quantitativa, no âmbito dos registros de casos de LTA e LV em Maceió/ AL no período de 2011 a 2016. A coleta dos dados ocorreu no período compreendido entre agosto e setembro de 2018, através do Sistema de Informações de Saúde - DATASUS na base de Doenças e Agravos de Notificação, Classificação Internacional de Doenças (CID-10), com o código A00-B99. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, forma clínica (LTA), critério de confirmação e evolução do caso. As estimativas da população foram obtidas do sítio do IBGE, na Seção “Projeção da População”. Na análise descritiva, as variáveis foram categorizadas. Para fins de entendimento foi utilizado o Coeficiente de Prevalência (CP) por 100 mil habitantes no mesmo período, procedido pelo cálculo de razão de risco da ocorrência dos casos entre as categorias de cada grupo a fim de representar o período estudado. A pesquisa atendeu aos preceitos éticos e legais conforme determinação da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados e Discussões: O município de Maceió, no período estudado, apresentou uma população total de 1.013.934 habitantes, sendo 472.539 do sexo masculino e 541.395 do sexo feminino. No período entre 2011 a 2016, foram registrados 408 casos de LTA e 210 casos de LV. O coeficiente médio (CM) de LV para o período foi de 4,9 (100.000 hab.) em homens e 2,3 (100.000 hab.) em mulheres.  Para a LTA o CM foi de 9,7 no sexo masculino e 4,1 no feminino, com a razão de risco maior para homens equivalente a 2,4 para LTA e 2,1 para LV. Estudos mostram que o risco de homens desenvolverem LTA ou LV é maior que em mulheres, podendo ser justificado principalmente pelo fato da exposição ser maior em suas atividades diárias em lugares suscetíveis à transmissão. Conclusão: A análise epidemiológica dos casos confirmados de LTA e LV no município de Maceió/AL visa traçar o perfil de modo que sirva de indicador para o redirecionamento das ações do município na área da saúde.

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Biografia do Autor

Allana Fernanda Sena dos Santos, CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL

Acadêmica de Enfermagem do Centrio Universitário Tiradentes - UNIT/AL

Thaís Rafaela Santos Pinto, CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL

Acadêmica de Enfermagem do Centrio Universitário Tiradentes - UNIT/AL

Anacassia Fonseca de Lima, CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT/AL

Mestre em Patologia. Docente do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL.

Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

dos Santos, A. F. S., Pinto, T. R. S., & de Lima, A. F. (2020). ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA E LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL NOS ANOS DE 2011 A 2016. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/10866

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC