LEISHMANIOSE VISCERAL: MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Palavras-chave:
Técnicas laboratoriais, Diagnóstico confirmatório, InfecçãoResumo
INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Visceral (LV) ou Calazar Neotropical, ou popularmente conhecida como barriga d’água, é uma zoonose onde o parasito apresenta tropismo sistêmico e fatal. Causada por protozoários da ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero Leishmania, sendo transmitida vetorialmente pelas fêmeas dos insetos denominados flebotomíneos, popularmente conhecidos como mosquitos palha ou birigui. Nas regiões Norte e Nordeste uma das espécies do vetor (L. chagasi) passou a ser encontrada não só em áreas florestais, porém houve uma adaptação conjunta que trouxe o vetor para os ambientes rurais e urbanos além de que passou a infectar animais silvestres e sinantrópicos. Há uma suspeita da doença quando o paciente apresenta febre e esplenomegalia associada ou não à hepatomegalia, com isso o diagnóstico clínico e laboratorial é realizado através da coleta de sangue para exames sorológicos como ELISA e imunofluorescência indireta, ou, ainda, através da intradermorreação de Montenegro reativa. OBJETIVOS: Comparar os métodos de diagnóstico da Leishmaniose Visceral. METODOLOGIA: Para a elaboração da pesquisa foi feito um levantamento bibliográfica utilizando fonte de dados os sites PubMed, Scielo e dados do Ministério da Saúde, recorrendo apenas aos artigos relevantes ao tema dando ênfase nos anos de 2008 a 2018. RESULTADOS E CONCLUSÕES:A Leishmaniose Visceral pode ser diagnosticada de diversas formas, incluindo testes rápidos que precisam ser confirmados com exames clínicos e laboratoriais mais precisos. O diagnóstico clínico envolve sintomas complexos, que dificulta fechar diagnóstico, sendo necessário exames laboratoriais confirmatórios. O diagnóstico parasitológico, envolve punção de órgãos, porém, apesar de ser um diagnóstico preciso por apresentar a presença do parasita, é totalmente invasivo por retirar a pele lesionada ou parte deste. No teste molecular ocorre extração do DNA do agente etiológico para aplicação da técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). Os testes imuno-histoquímico, é necessário uma porção do tecido e feita uma lâmina histológica onde colocam-se anticorpos específicos para se ligar ao parasito através de uma ligação antígeno-anticorpo, caso este esteja presente. Por fim, o sorológico por meio de ELISA utilizando o soro do hospedeiro, sendo possível observar se ocorreu a formação do anticorpo. Dessa forma concluímos que o melhor método de diagnóstico seria a PCR, pois ela é totalmente específica e extremamente sensível para a identificação do parasito, no entanto um fator limitador é seu custo elevado, além de ser difícil o acesso. Depois, temos como opção mais viável o método de ELISA, por ser um kit comercial de custo mais baixo e fácil metodologia, podendo em alguns casos ser escolhido o diagnóstico parasitológico através de punção de medula óssea.
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Referências
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