LEISHMANIOSE VISCERAL: MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Autores

  • Maria Vitória Teixeira Cavalcante Centro Universitário Tiradentes
  • Victor Augusto Gomes de Farias Centro Universitário Tiradentes.
  • Isabella Carvalho Alves Centro Universitário Tiradentes.

Palavras-chave:

Técnicas laboratoriais, Diagnóstico confirmatório, Infecção

Resumo

INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Visceral (LV) ou Calazar Neotropical, ou popularmente conhecida como barriga d’água, é uma zoonose onde o parasito apresenta tropismo sistêmico e fatal. Causada por protozoários da ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero Leishmania, sendo transmitida vetorialmente pelas fêmeas dos insetos denominados flebotomíneos, popularmente conhecidos como mosquitos palha ou birigui. Nas regiões Norte e Nordeste uma das espécies do vetor (L. chagasi) passou a ser encontrada não só em áreas florestais, porém houve uma adaptação conjunta que trouxe o vetor para os ambientes rurais e urbanos além de que passou a infectar animais silvestres e sinantrópicos. Há uma suspeita da doença quando o paciente apresenta febre e esplenomegalia associada ou não à hepatomegalia, com isso o diagnóstico clínico e laboratorial é realizado através da coleta de sangue para exames sorológicos como ELISA e imunofluorescência indireta, ou, ainda, através da intradermorreação de Montenegro reativa. OBJETIVOS: Comparar os métodos de diagnóstico da Leishmaniose  Visceral. METODOLOGIA: Para a elaboração da pesquisa foi feito um levantamento bibliográfica utilizando fonte de dados os sites PubMed, Scielo e dados do Ministério da Saúde, recorrendo apenas aos artigos relevantes ao tema dando ênfase nos anos de 2008 a 2018. RESULTADOS E CONCLUSÕES:A Leishmaniose Visceral pode ser diagnosticada de diversas formas, incluindo testes rápidos que precisam ser confirmados com exames clínicos e laboratoriais mais precisos. O diagnóstico clínico envolve sintomas complexos, que dificulta fechar diagnóstico, sendo necessário exames laboratoriais confirmatórios. O diagnóstico parasitológico, envolve punção de órgãos, porém, apesar de ser um diagnóstico preciso por apresentar a presença do parasita, é totalmente invasivo por retirar a pele lesionada ou parte deste. No teste molecular ocorre extração do  DNA do agente etiológico para aplicação da técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). Os testes imuno-histoquímico, é necessário uma porção do tecido e feita uma lâmina histológica onde colocam-se anticorpos específicos para se ligar ao parasito através de uma ligação antígeno-anticorpo, caso este esteja presente. Por fim, o sorológico por meio de ELISA utilizando o soro do hospedeiro, sendo possível observar se ocorreu a formação do anticorpo. Dessa forma concluímos que o melhor método de diagnóstico seria a PCR, pois ela é totalmente específica e extremamente sensível para a identificação do parasito, no entanto um fator limitador é seu custo elevado, além de ser difícil o acesso. Depois, temos como opção mais viável o método de ELISA, por ser um kit comercial de custo mais baixo e fácil metodologia, podendo em alguns casos ser escolhido o diagnóstico parasitológico através de punção de medula óssea.


Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Vitória Teixeira Cavalcante, Centro Universitário Tiradentes

Estudante de Biomedicina e Direito no Centro Universitário Tiradentes.

Referências

NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Disponível em: <http://szb.org.br/blog/conteudos/bibliografias/06-veterinaria/parasitologia-humana.pdf>

TEMPONI, Andrea Oliveira Dias et al. Ocorrência de casos de leishmaniose tegumentar americana: uma análise multivariada dos circuitos espaciais de produção, Minas Gerais, Brasil, 2007 a 2011. Cadernos de saúde pública, v. 34, p. e00165716, 2018.

Leishmaniose visceral.Portal Ministério da Saúde,Brasil, 02 de Maio, de 2017. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/leishmaniose-visceral> Acesso em: 25 de Out, de 2018.

BARROS, Jobinson. Após a morte de sete pessoas, Alagoas vai sacrificar quase mil cães com calazar.Globo, Alagoas,,20 de Out, de 2018. Disponível em: <https://gazetaweb.globo.com/portal/especial.php?c=6319> Acesso em: 25 de Out de 2018.

CARDOSO, Thaís. Alagoas registra aumento de 30% nos casos de leishmaniose em humanos.Globo Alagoas, 03 de set, de 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/google/amp/al/alagoas/noticia/2018/09/03/alagoas-registra-aumento-de-30-nos-casos-de-leishmaniose-em-humanos.ghtml> Acesso em: 25 de Out, de 2018.

CARVALHO, Regina.Com mais de 60 casos registrados este ano, Alagoas vive epidemia de calazar.Alagoas, 03 de set,de 2018. Disponível em: <https://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2018/09/cremal-confirma-que-ha-uma-epidemia-de-leishmaniose-em-alagoas_60691.php> Acesso em: 25 de Out, de 2018.

Leishmaniose: Alagoas registra aumento de mais de 100% de casos em 2018.TNH1, Alagoas, 03 de set, de 2018. Disponível em: <https://www.tnh1.com.br/amp/nid/alagoas-registra-aumento-de-mais-de-100-de-casos-de-leishmaniose-em-2018/>. Acesso em: 25 de Out, de 2018.

GONTIJO, Célia Maria Ferreira; MELO, Maria Norma. Leishmaniose visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 7, p. 338-349, 2004.

AGUIAR, Paulo Fernando; RODRIGUES, Raíssa Katherine. Leishmaniose visceral no Brasil: artigo de revisão. Unimontes Científica, v. 19, n. 1, p. 191-204, 2017.

Downloads

Publicado

2020-08-10

Como Citar

Cavalcante, M. V. T., Farias, V. A. G. de, & Alves, I. C. (2020). LEISHMANIOSE VISCERAL: MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/10853

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas