Avanços na Biotecnologia: Uma comparação entre o atual implante hormonal e o biochip do futuro
Palavras-chave:
Biotecnologia, Implante Medicamentoso, MicrochipResumo
Introdução: Uma empresa norte americana desenvolveu uma tecnologia que está em fase de testes, um microchip que facilitará a vida de muitas pessoas. A empresa Microchips Biotech, fundada em 1999, é responsável pelo desenvolvimento de um implante microchip que promete aplicar até 100 doses de medicamentos regularmente na corrente sanguínea do paciente ao longo de meses ou anos. A tecnologia é de fácil inserção, como o atual implante hormonal, sendo colocada num consultório médico e as doses e horários de liberação controlados via wireless por um dispositivo fornecido ao paciente. A técnica de administração subdérmica de substâncias vem sendo estudada e empregada para finalidades diversas há algumas décadas. No caso dos hormônios sexuais, a utilização dessas substâncias com finalidades contraceptivas ou de reposição hormonal desenvolveu-se, de maneiras distintas, a partir da segunda metade do século XX, com o conhecimento científico da fisiologia e endocrinologia sexuais e reprodutivas. O microchip e o implante hormonal são ambos métodos de ação prolongada, a colocação e a retirada são procedimentos que dependem do aparato do consultório médico ou do sistema de saúde, porém os dois métodos possuem algumas diferenças. Objetivo: Fazer uma comparação da tecnologia utilizada dos atuais implantes hormonais contraceptivos com o microchip, ainda em desenvolvimento, pré-programado para a aplicação de medicamentos da empresa Microchips Biotech. Metodologia: O artigo buscou informações em bancos de dados, principalmente o Google Acadêmico e no próprio site da empresa responsável pela criação dos chips para desenvolver a linha comparativa citada anteriormente. Resultados: Foram comparados o modo de ação, a eficácia, o controle do paciente, a duração do tratamento e o preço. De acordo com a página da empresa, cada microchip contém 100 microrreservatórios, hermeticamente fechados e selados, capazes de armazenar até 1 mg da substância em questão, enquanto o implante contraceptivo, Norplant, o primeiro implante subcutâneo produzido pela indústria farmacêutica, compreende um conjunto de bastonetes de silicone microporoso, que contêm o hormônio levonorgestrel, com ação contraceptiva. Conclusão: A possibilidade de outras pessoas acessarem o dispositivo, provocando ou inibindo a liberação da substância sem a ciência do usuário tem sido uma preocupação sobre a eficácia dos microchips, assim sendo, as críticas abordaram a necessidade, bem como os limites, de uma codificação dos dados dos dispositivos que devem controlá-los. O controle com o uso dos microchips seria maior justamente pelo fato de possuir possibilidade de manejo diário e de interrupções planejadas pelo paciente ou por uma equipe médica sem a necessidade de retirada do dispositivo, ele também possui uma durabilidade de 16 anos após a inserção, já o implante possui 3 a 5 anos e somente médicos podem manejá-lo. Assim concluiu-se que os microchips em relação aos implantes subcutâneos hormonais possuem uma tecnologia superior, sendo mais vantajosos.Downloads
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