Avanços na Biotecnologia: Uma comparação entre o atual implante hormonal e o biochip do futuro

Autores

  • Cleyson Gustavo Araújo Rolemberg Gama Centro Universitário Tiradentes
  • Maria Vitória Teixeira Cavalcante Centro Universitário Tiradentes
  • Dheiver Francisco Santos Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Biotecnologia, Implante Medicamentoso, Microchip

Resumo

Introdução: Uma empresa norte americana desenvolveu uma tecnologia que está em fase de testes, um microchip que facilitará a vida de muitas pessoas. A empresa Microchips Biotech, fundada em 1999, é responsável pelo desenvolvimento de um implante microchip que promete aplicar até 100 doses de medicamentos regularmente na corrente sanguínea do paciente ao longo de meses ou anos. A tecnologia é de fácil inserção, como o atual implante hormonal, sendo colocada num consultório médico e as doses e horários de liberação controlados via wireless por um dispositivo fornecido ao paciente. A técnica de administração subdérmica de substâncias vem sendo estudada e empregada para finalidades diversas há algumas décadas. No caso dos hormônios sexuais, a utilização dessas substâncias com finalidades contraceptivas ou de reposição hormonal desenvolveu-se, de maneiras distintas, a partir da segunda metade do século XX, com o conhecimento científico da fisiologia e endocrinologia sexuais e reprodutivas. O microchip e o implante hormonal são ambos métodos de ação prolongada, a colocação e a retirada são procedimentos que dependem do aparato do consultório médico ou do sistema de saúde, porém os dois métodos possuem algumas diferenças. Objetivo: Fazer uma comparação da tecnologia utilizada dos atuais implantes hormonais contraceptivos com o microchip, ainda em desenvolvimento, pré-programado para a aplicação de medicamentos da empresa Microchips Biotech. Metodologia: O artigo buscou informações em bancos de dados, principalmente o Google Acadêmico e no próprio site da empresa responsável pela criação dos chips para desenvolver a linha comparativa citada anteriormente. Resultados: Foram comparados o modo de ação, a eficácia, o controle do paciente, a duração do tratamento e o preço. De acordo com a página da empresa, cada microchip contém 100 microrreservatórios, hermeticamente fechados e selados, capazes de armazenar até 1 mg da substância em questão, enquanto o implante contraceptivo, Norplant, o primeiro implante subcutâneo produzido pela indústria farmacêutica, compreende um conjunto de bastonetes de silicone microporoso, que contêm o hormônio levonorgestrel, com ação contraceptiva. Conclusão: A possibilidade de outras pessoas acessarem o dispositivo, provocando ou inibindo a liberação da substância sem a ciência do usuário tem sido uma preocupação sobre a eficácia dos microchips, assim sendo, as críticas abordaram a necessidade, bem como os limites, de uma codificação dos dados dos dispositivos que devem controlá-los. O controle com o uso dos microchips seria maior justamente pelo fato de possuir possibilidade de manejo diário e de interrupções planejadas pelo paciente ou por uma equipe médica sem a necessidade de retirada do dispositivo, ele também possui uma durabilidade de 16 anos após a inserção, já o implante possui 3 a 5 anos e somente médicos podem manejá-lo. Assim concluiu-se que os microchips em relação aos implantes subcutâneos hormonais possuem uma tecnologia superior, sendo mais vantajosos.

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Biografia do Autor

Cleyson Gustavo Araújo Rolemberg Gama, Centro Universitário Tiradentes

Estudante do curso de Ciência da Computação no Centro Universitário Tiradentes.

Maria Vitória Teixeira Cavalcante, Centro Universitário Tiradentes

Estudante dos cursos de Biomedicina e Direito no Centro Universitário Tiradentes.

Dheiver Francisco Santos, Centro Universitário Tiradentes

Professor do curso de Ciências da Computação no Centro Universitário Tiradentes.

Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Gama, C. G. A. R., Cavalcante, M. V. T., & Santos, D. F. (2020). Avanços na Biotecnologia: Uma comparação entre o atual implante hormonal e o biochip do futuro. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/10852

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas