IMPACTO DA DEPRESSÃO NO DECLÍNIO COGNITIVO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Palavras-chave:
Doença de Parkinson, Depressão, Declínio Cognitivo.Resumo
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa e progressiva que apresenta degeneração de receptores na via dopaminérgica nigroestriatal, que ocasiona sua repercussão clínica. Na sua apresentação clínica há o aparecimento de sintomas motores e não motores. Dos sintomas motores, o tremor de repouso associado à bradicinesia e instabilidade postural é característico, ao passo que, dentre os sintomas não motores, destacam-se os distúrbios de sono, constipação intestinal e, principalmente, a depressão, que no decorrer da patologia pode trazer consequências como o déficit na cognição e comportamento. Objetivo: Apresentar o prejuízo cognitivo em pacientes Parkinsonianos com e sem depressão. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) de Maceió, Alagoas. Participaram desse estudo 46 pacientes de ambos os sexos e com a idade compreendida entre 34 e 78 anos. Como instrumentos de pesquisa, utilizou-se um questionário estruturado para identificação socioeconômica dos pacientes (idade, sexo, etnia, escolaridade e outros), Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15 versão reduzida). O ponto de corte considerado na GDS-15 para rastreio positivo de depressão foi igual ou maior que seis. O projeto que originou este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL (parecer nº 2.518.854; CAAE: 83020118.6.0000.5641). Resultados: Dos participantes, 65,2% (n=30) eram do sexo masculino, com idade entre 34-78 anos (X̅ = 60,39; DP= 8,77). A maioria dos idosos apresenta baixa escolaridade (X̅ =6,45; DP= 5,02). Segundo a GDS-15, 63,0% (n=29) dos indivíduos pesquisados apresentaram rastreamento positivo para depressão. Em relação ao declínio cognitivo, houve diferença significava entre os grupos no escore total da MoCA (p=0,042). Diante dos domínios que compõem esse mesmo instrumento, obteve-se relação estatisticamente significativa nos domínios função executiva (p=0,016) e abstração (p=0,031). Conclusão: De acordo com os resultados descritos acima, é possível identificar maior presença de idosos e sexo masculino com o diagnóstico de DP. Em relação aos resultados das escalas aplicadas, houve maior prejuízo cognitivo dos pacientes com DP, em especial no tocante dos domínios de funções executiva e de abstração. O declínio cognitivo em pacientes com DP está associado a diversos fatores e dessa forma, deve-se pensar em desenvolver atividades de estimulo cognitivo para esses indivíduos com intuito de minimizar as implicações primária da patologia, assim como, das possível consequências secundárias e que esse por sua vez pode afetar diretamente na qualidade de vida, não só do pacientes, mas de todos aqueles a sua volta.
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