DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM-NASCIDO POR INCOMPATIBILIDADE AO FATOR RH: ASPECTOS IMUNOLÓGICOS E CARACTERÍSTICAS GERAIS.

Autores

  • Thainá Guimarães da Silva Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

DHPN, Imunoglobulina anti-Rh, Isomunização.

Resumo

RESUMO: Introdução: A doença hemolítica do recém-nascida também denominada de eritroblastose fetal é causada por incompatibilidade sanguínea. Sua fisiopatologia baseia-se na destruição das hemácias do feto Rh positivo por anticorpos específicos da mãe Rh negativo. Vale ressaltar que, a incompatibilidade pode ocorrer através dos antígenos eritrocitários do sistema ABO ou Rh com ênfase ao antígeno D, pois ele é altamente imunogênico e o que mais induz a imunização. Dessa forma, a grande maioria das pessoas produzem anticorpos anti-D após o primeiro contato, levando à isoimunização. A isoimunização é decorrente da exposição do indivíduo a antígenos não próprios, estimulando a produção de anticorpos. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo descrever os aspectos abrangentes em relação à doença hemolítica do recém-nascido causada por incompatibilidade ao fator Rh, caracterizar o perfil clínico, enfatizar os métodos de diagnóstico e a importância da prevenção da doença. Metodologia: Foi desenvolvida uma revisão de literatura com base no banco de dados online Scielo, e através de uma análise exploratória e descritiva, foi possível selecionar artigos voltados para o tema em tese, levando em consideração a credibilidade dos mesmos. Resultados e discussão: As complicações variam de acordo com o grau da sensibilização materna. A DHPN é caracterizada pela anemia fetal, tendo em vista a hidropsia fetal, lesões no sistema nervoso incluindo sequelas neuropsicomotoras, icterícia em virtude do excessivo aumento de bilirrubina no sangue, e em casos mais graves o óbito fetal. O diagnóstico dessa patologia pode ser feito por meio do exame clínico, laboratorial, ultrassonográfico e após o nascimento. O diagnóstico clínico consiste na investigação dos tipos sanguíneos dos pais e da pesquisa da possibilidade de sensibilização materna prévia. No diagnóstico laboratorial, poderá ser feito o teste de Coombs indireto, em que os anticorpos maternos para o antígeno D são detectados no soro para determinar se a gestante já foi sensibilizada. A ultrassonografia pode ser realizada para analisar a placenta, o volume amniótico, bem como detectar o crescimento anormal do abdômen. Ainda existe um novo método, não invasivo, que consiste na medida do pico da velocidade sistólica da artéria cerebral média para detectar a anemia fetal. Conclusão: A admissão de novas práticas como a fototerapia de alta densidade e o uso de soro injetável contendo imunoglobulina anti-Rh diminuíram de forma significativa a necessidade de ser realizada uma exosanguíneo transfusão, permitindo que a doença seja evitável com o uso da profilaxia. Conclui-se que, é imprescindível a implantação de programas que promovam a conscientização às mulheres a respeito do pré-natal correto e conhecimento de sua tipagem sanguínea, para que dessa forma, seja possível evitar uma futura doença hemolítica do recém- nascido na próxima gestação.

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Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

da Silva, T. G. (2020). DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM-NASCIDO POR INCOMPATIBILIDADE AO FATOR RH: ASPECTOS IMUNOLÓGICOS E CARACTERÍSTICAS GERAIS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/10828

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas