DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: PROGNÓSTICO PERINATAL, CONTROLE GLICÊMICO MATERNO E POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS.

Autores

  • Thamires Guimarães da Silva

Palavras-chave:

Complicações, Hiperglicemia, Macrossomia.

Resumo

RESUMO: Introdução: Diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como qualquer nível de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação. Sua fisiopatologia baseia-se na elevação de hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos. No Brasil, a hiperglicemia gestacional tem sido considerada a alteração metabólica mais incidente em gestações, e sua prevalência variam de 3% a 13% do total de mulheres grávidas, variando de acordo com a população analisada e o critério utilizado. Habitualmente, o diagnóstico do diabetes gestacional é realizado por busca ativa, com testes que empregam a sobrecarga de glicose, a partir do segundo trimestre da gestação. O rastreamento para o DMG e o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, podem minimizar os riscos adversos maternos, fetais e neonatais. Objetivo: Este estudo tem como objetivo discutir e esclarecer sobre o diabetes mellitus gestacional, bem como pontuar as possíveis complicações relacionadas à gestação complicada pelo diabetes. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, de revisão de literatura, possibilitando enfatizar as principais complicações materno-fetais provocadas pela diabetes mellitus gestacional, e a importância da prevenção da doença. Os artigos foram selecionados a partir da busca ativa com base no banco de dados online Scielo (Scientific Electronic Library Online) e revista eletrônica. Resultados e conclusão: As complicações mais frequentemente associadas ao diabetes gestacional são, para a mãe, a cesariana e a pré-eclâmpsia, para o concepto, seria a prematuridade, a macrossomia, a distocia de ombro, a hipoglicemia e a morte perinatal. A macrossomia é considerada a principal preocupação devido aos níveis elevados de glicose que o feto recebe da mãe, e a hipoglicemia pós-natal, em que a produção de insulina produzida pelo feto encontra-se aumentada para poder compensar a quantidade de glicose que lhe era imposta. Sabe-se que há uma associação contínua entre os valores glicêmicos na gestação e a taxa de complicações materno-fetais. Estudos de revisão sugerem que o ponto de corte para glicemia em jejum de 90 mg/dL seria o mais relacionado à redução do risco de macrossomia. Considerando as possíveis complicações do DMG, tanto para a mãe quanto para o bebê, percebe-se a importância de se discutir mais sobre o assunto, principalmente devido à mudança dos parâmetros de diagnóstico da doença. Ponderando a literatura, é evidente a importância da dieta como orientação nutricional, atividade física e controle glicêmico no tratamento, uma vez que, os dados sobre o tratamento medicamentoso ainda são insuficientes e controversos. Contudo, a atuação do profissional nutricionista é imprescindível, pois autentica com toda a equipe multidisciplinar, principalmente como educador em saúde, atribuindo e estimulando o autocuidado da gestante com DMG no decorrer do pré-natal.

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Referências

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

Guimarães da Silva, T. (2020). DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: PROGNÓSTICO PERINATAL, CONTROLE GLICÊMICO MATERNO E POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (6). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/10827

Edição

Seção

Ciências da Saúde e Biológicas