Revestimentos Sustentáveis: de garrafa PET a assoalho
Palavras-chave:
Polímero¹, Reciclagem², Assoalho³.Resumo
A viabilidade da reciclagem está relacionada com a qualidade do resíduo. Um resíduo limpo necessitará menos etapas e energia para separação, limpeza e o reprocessamento, de uma forma geral. Os problemas mais comuns na reciclagem e reutilização são a contaminação por sujeira e aditivos e a degradação das propriedades devido a grande mistura de materiais. O polietileno de alta densidade (PEAD) é um polímero termoplástico, ou seja, pode ser reciclado inúmeras vezes. Além disso, esse termoplástico é um dos mais utilizados na confecção de embalagem de produtos de limpeza, gerando um grande volume de embalagens que serão destinados a aterros sanitários. O tempo de degradação do PEAD é muito longo, cerca de 100 anos, e a sua destinação incorreta ocasiona a poluição de rios e lagos, podendo contribuir na formação de enchentes além de contaminação do solo. No Brasil a coleta seletiva é realizada em apenas 1.055 cidades (CICLOSOFT, 2016) e segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de municípios total no pais é de 5.561. Logo, a porcentagem de cidades que tem a pratica de coleta coletiva é de apenas 18,97%, um valor relativamente baixo. O PEAD é fácil de ser identificado nas embalagens de produtos de limpeza, não podendo ser reutilizado na indústria alimentícia. O PEAD reciclado é atualmente reaproveitado na fabricação de materiais como painéis, chapas estruturais e fibras. A reutilização do PEAD através apenas de processos físicos também é uma alternativa para redução de envio das embalagens para aterro sanitário. Nessa pesquisa as embalagens serão picotadas para a obtenção do granulado de PEAD, que ao ser aquecido forma uma massa plástica que pode então ser moldada, para assim construir um assoalho de baixo custo para moradores de autoconstruções. O aumento da autoconstrução no estado de Alagoas é notório, a população está vulnerável a pobreza e tem como resultado o aumento de moradias construídas de maneira improvisada e sem o mínimo de condições de segurança, fato este que trás riscos a saúde, pois boa parte dessas construções está erguida diretamente no solo. Este fato aumenta a probabilidade da proliferação de doenças como micoses e bicho geográfico, o que pode agravar o estado de saúde de crianças e idosos portadores de alguma outra doença. Logo, o presente projeto apresenta uma alternativa viável de assoalho para utilização em autoconstruções ao mesmo tempo em que reutiliza um resíduo plástico que seria destinado ao aterro sanitário.
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Referências
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