ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS CASOS DE CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM SÍFILIS CONGÊNITA.
Resumo
INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecciosa causada por uma bactéria gram-negativa de alta patogenicidade, Treponema Pallidum, transmitida por via sexual, via indireta, através de objeto e a realização de tatuagem, e/ou por transmissão vertical. A transmissão vertical causa a sífilis congênita (SC), uma infecção transmitida durante o ciclo gravídico-puerperal, de grande impacto para a saúde pública, embora o diagnóstico seja fácil. Segundo a Organização Mundial de Saúde, anualmente dois milhões de gestantes são infectadas pela bactéria, sendo que aproximadamente 25% desses casos ocasionam abortos espontâneos ou natimortos, e os outros 25%, em recém-nascidos com baixo peso ou infecção neonatal grave, e quando associado ambos casos a uma grande chance de mortalidade perinatal. No Brasil, foram registrados 80.041 casos de SC em crianças menores de um ano, entre 1998 à 2012. Sendo grande parte dos casos notificados nas regiões Sudeste com 36.770 (45, 9%) casos e Nordeste com 25.133 (31, 4%). OBJETIVO: O objetivo do trabalho foi realizar uma análise epidemiológica da evolução dos casos de crianças diagnosticadas com sífilis congênita no estado de Sergipe, no período de 2010 a 2013. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, os dados foram obtidos através do Sistema de Informação de Agravo de Notificação, disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Na análise dos dados foi utilizado o programa Microsoft Word e Microsoft Excel, ambos 2013, que possibilitaram a confecção de gráficos. RESULTADOS: Durante o periodo estudado foram notificados 331 casos para a SC, sendo que em 2010 foram registrados 44 casos, com 33 (75%) de crianças que permaneceram vivas, 5 (11,36%) a morreram devido ao aborto, 2 (4,54%) nasceram e vieram a óbito logo depois e 4 (9,09%) óbito por sífilis congênita. No ano de 2011 foram registrados 70 casos, com 53 (75,71%) dos bebês encontraram-se vivos, 12 (17,14%) natimorto, 3 (4,28%) por aborto, 1 (1,42%) óbito por sífilis congênita e 1 (1,42%) não tem informação sobre a evolução. Em 2012 foram notificados 121 casos, sendo que 81 (66,94%) das crianças permaneceram com vida, 22 (18,18%) sofreram aborto, 9 (7,43%) natimortos, 6 (4,95%) óbito por sífilis congênita e 3 (2,47%) óbito por outras causas. Os registros de 2013 foram 96 casos confirmados, 73 (76,04%) das crianças permaneceram com vida, 2 (2,08%) a causa da morte foi SC, 11 (11,45%) por aborto e 10 (10,41%) nasceram e morreram. CONCLUSÃO: Portanto, observa-se que ocorreu uma confirmação positiva que em todos os anos estudados a maioria dos bebês sobreviveram, entretanto isso não justifica o grande número de crianças acometidas pela infecção. Por isso o enfermeiro torna-se fundamental em educação e saúde na orientação das gestantes sobre a realização do pré-natal e nos cuidados do tratamento da doença.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.