EFEITO DE DIFERENTES TEMPERATURAS CORPORAIS SOBRE O ESTADO DE HIDRATAÇÃO E DESEMPENHO EM CICLISTAS SUBMETIDOS AO TESTE PROGRESSIVO MÁXIMO

Autores

  • Thaysa Passos Nery Chagas Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Temperatura corporal, desidratação, estresse fisiológico

Resumo

INTRODUÇÃO: O aumento da temperatura corporal durante exercício pode promover efeitos fisiológicos e perceptivos que prejudicam o desempenho cognitivo-motor, agravado se houver um estado de desidratação. É possível avaliar o índice de estresse fisiológico (PhSI), através da frequência cardíaca (FC) e temperatura corporal (TC); e o índice de estresse perceptivo (PeSI), através da sensação térmica (ST) e percepção de esforço (PSE). Sabe-se pouco dessas alterações durante um teste progressivo máximo. OBJETIVO:Verificar o efeito agudo de diferentes temperaturas corporais sobre o estado de hidratação e desempenho cognitivo-motor e índices de estresse fisiológico e perceptivo em ciclistas durante teste progressivo máximo. MÉTODO: Após um teste progressivo máximo, dez ciclistas treinados foram divididos em dois grupos, baseados no aumento da TC após o teste: TC inferior a 1 ºC (TC < 1) (n=5; 34,8 ± 8,2 anos; 67,7 ± 2,31 kg; 167,6 ± 2,8 cm; %G = 12,3 ± 1,7 %) e TC superior a 1 ºC (TC > 1) (n=5; 40,2 ± 2,5 anos; 69,04± 2,82 kg; 171,6 ± 1,7 cm; %G = 8,6 ± 1,8 %). O estado de hidratação foi verificado através do Δ% da massa corporal, gravidade específica (GE) e coloração urinária (CASA et al. (2000). A memória imediata (MI) e a coordenação motora (TDN), foram avaliadas como descrita por McCrory et al. (2013), logo em seguidao tempo de reação simples (TRS) foi obtido (ECKNER et al. 2011).Índices de estresse fisiológico e perceptivo (PhSI e PeSI), foram obtidos conforme equação de Tikuisis et al. (2002). RESULTADOS: O estudo demonstrou que os ciclistas apresentaram diferença significativa da TC entre os grupos (TC < 1 = 0,6 ± 0,1 ºC e TC >1 = 1,6 ± 0,1 ºC). Ambos os grupos realizaram os testes na mesma intensidade de esforço, visto pelas concentrações de lactato (TC < 1 = 6,47 ± 0,28 mmol/L e TC > 1 = 5,95 ± 0,45 mmol/L) e limiar de lactato pela FC (TC < 1 = 169,4 ± 3,8 bpm e TC > 1 = 159,2 ± 1,1 bpm), ao final do teste.O TC< 1 melhorou seu tempo de reação comparado ao TC>1 após o teste.Houve aumento significativo nos indicadores de intensidade da FC e TC em ambos os grupos, e da PSE somente no grupo TC > 1.O PhSI foi maior no TC > 1 do que no TC <1, sem alterações no PeSI entre os grupos.  CONCLUSÕES: Os dados sugerem que o estado de hidratação não é alterado em um teste progressivo máximo, em ambiente termoneutro, com diferentes temperaturas corporais. Porém, o tempo de reação foi melhor com temperaturas corporais menores, enquanto que o índice de estresse fisiológico foi maior em temperaturas corporais mais elevadas.

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Chagas, T. P. N. (2017). EFEITO DE DIFERENTES TEMPERATURAS CORPORAIS SOBRE O ESTADO DE HIDRATAÇÃO E DESEMPENHO EM CICLISTAS SUBMETIDOS AO TESTE PROGRESSIVO MÁXIMO. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6616

Edição

Seção

Resumo - Educação Física