EFEITO CRÔNICO DO ALONGAMENTO SOBRE A FORÇA EM MULHERES DE 18 A 40 ANOS

Autores

  • Dayane Nunes Dantas UFS
  • Dayane Nunes Dantas Universidade Federal De Sergipe

Palavras-chave:

Alongamento, força, desempenho

Resumo

INTRODUÇÃO: A prescrição de exercícios de força muscular é de suma importância para favorecer o desempenho esportivo e de atividades da vida cotidiana de qualquer ser humano. Da mesma forma, os exercícios de alongamento viabilizam a realização de movimentos corporais diversos. Contudo, apesar do alongamento muscular vir sendo atribuído à queda da capacidade imediata de gerar força (efeito agudo), ainda não é claro seu efeito crônico no treinamento. OBJETIVO: Verificar os efeitos crônicos dos exercícios de alongamento sobre o desempenho da força, após um período de 11 semanas. MÉTODOS: O estudo seguiu um design experimental e longitudinal. Participaram do estudo 20 mulheres (26,9±6,0 anos), distribuídas randomicamente em dois grupos: Grupo Controle (GC) e Grupo Alongamento (GA). Como critério de exclusão estabelecemos que elas não deveriam faltar às sessões, duas vezes seguidas ou três no total. O nível de força no leg press e no supino reto foi verificado pelo teste/reteste de 1RM (intervalo de 48h). O programa de treinamento de força para ambos os grupos consistiu de oito exercícios para os principais grupos musculares, 3x10 reps, com carga autosselecionada e controlada pela sensação de esforço (nota 7 a 8 na escala de Borg CR-10), 3x/semana. O GA executava exercícios de alongamento estático ativo antes do treino de força, contemplando deltoide, tríceps, oblíquos, reto abdominal, posterior e anterior da coxa, adutores, peitoral e panturrilha. A análise estatística adotou a ANOVA 2x2, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram aumento na capacidade de realizar força no exercício leg press (F = 30,257; p < 0,001; IC95% = 56,7 a 123,9; ETA2 = 0,519), no entanto, sem diferença entre os tipos de intervenção (F = 1,626; p = 0,213; IC95% = -12,7 a 54,6; ETA2 = 0,055). A interação entre os fatores grupo de intervenção e momento da medida também não apresentou diferença estatística (F = 0,898; p = 0,351; ETA2 = 0,031). Da mesma forma, ambos os grupos apresentaram aumento na capacidade de realizar força no exercício supino (F = 6,239; = 0,019; IC95% = 0,8 a 8,2; ETA2 = 0,182), no entanto, sem diferença entre os tipos de intervenção (F = 2,330; = 0,138; IC95% = -6,4 a 0,9; ETA2 = 0,077). A interação entre os fatores também não apresentou diferença estatística (F = 0,019; p = 0,891; ETA2 = 0,001). CONCLUSÕES: Alongar antes do exercício de força de forma crônica e ativa, não interfere no desempenho da força em mulheres adultas jovens não treinadas. Portanto, mulheres podem alongar sem receio de possível diminuição da capacidade imediata de gerar força.

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Referências

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Dantas, D. N., & Dantas, D. N. (2017). EFEITO CRÔNICO DO ALONGAMENTO SOBRE A FORÇA EM MULHERES DE 18 A 40 ANOS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6565

Edição

Seção

Resumo - Educação Física