EFEITOS DE DIFERENTES MÉTODOS DE TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE VARIÁVEIS DE SAÚDE EM MULHERES NA PÓS – MENOPAUSA.

Autores

  • Rafaela Cristina Araújo Gomes Kuroda de Almeida Universidade do Estado do Pará http://orcid.org/0000-0002-4607-4756
  • Rodrigo Gomes de Souza Vale Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Cláudio Joaquim Borba Pinheiro

Palavras-chave:

mulheres, saúde, autonomia funcional, exercício físico

Resumo

Introdução: Para a prevenção e/ou a redução das perdas funcionais e dos sintomas climatéricos decorrentes do envelhecimento e da menopausa, é imprescindível a inclusão de programas de exercícios físicos visando as múltiplas variáveis de saúde. Objetivo: Comparar força muscular, autonomia funcional, performance de caminhada e qualidade de vida (QV) de mulheres na pós-menopausa, que realizaram dois diferentes métodos de treinamento concorrente. Métodos: O estudo foi realizado com 28 mulheres na pós-menopausa, separadas em dois grupos: Treinamento Resistido (TR) + Tai Chi (TR+TAI CHI, n= 16; idade = 60,18±5,93 e idade de menopausa =48,4±4,8) e TR + Pilates Solo (PS) (TR+PS, n= 12; idade = 59,83±5,0 e idade de menopausa =45,3±6,63). Foram avaliados: autonomia funcional pelo protocolo GDLAM, desempenho de caminhada pelo teste de Cooper 6min, força através da predição para uma repetição máxima (1RM), e qualidade de vida SF-36 versão curta. Para as voluntárias do grupo TR+TAI CHI, o TR teve periodização linear, com frequência de duas vezes/semana alternando semanalmente, com o Tai Chi Chuan duas vezes/semana em um período de 6 meses. Já o grupo TR+PS, realizou TR com periodização não-linear e PS de forma alternada em cinco sessões semanais: 3 vezes TR e 2 vezes PS em um período de 4 meses. Resultados: para a QV constatou-se melhora intragrupo de (Δ%=16,6%, p=0,018) para saúde física do grupo TR+PS. Para o teste de Cooper 6min houve melhora (p<0,01) nos índices de previsão tanto para o TR+PS (Δ%=16,39%) quanto para TR+TAI CHI (Δ%=16,18%). Nos testes de autonomia também houve melhora (p<0,05) para o TR+PS (LPDV, Δ%=24%); (LPS, Δ%=22,81%); (C10m, Δ%=15,93%); (VTC, Δ%=36,68%) e (IG, Δ%=16,37%). Já para o TR + TAI CHI as melhoras foram para (VTC, Δ%=23,38%) e IG (Δ%=10,12%). A Força também apresentou melhoras intragrupos p<0,05 para TR+PS: (Δ%=21,70% puxada), (Δ%=22,64% tríceps), (Δ%=18,79% remada), (Δ%=30,91% voador), (Δ%=26,54% bíceps), (Δ%=26,26% extensora), (Δ%=31,29% leg 45). Já o grupo TR+TAI CHI mostrou melhoras p<0,05 para (Δ%=25,90% puxada), (Δ%=16,62% tríceps), (Δ%=19,03% remada), (Δ%=25,75% voador), (Δ%=24,13% leg 45). A análise intergrupos mostrou que o TR+PS foi melhor p<0,05 para o teste C10cm (Δ%=0,83%) e para a força de bíceps (Δ%=7,38%). Conclusão: O grupo TR+PS apresenta tendência para ser melhor que o grupo TR+TAI CHI mostrado nos resultados intragrupos das variáveis estudadas, e intergrupos para o teste de C10m e força de bíceps. Porém, não foi possível afirmar que este seja melhor que o TR+TAI CHI. Contudo, os métodos de treinamento apresentados possibilitaram bons resultados, e podem ser recomendados como programas de treinamento alternativos com ênfase na saúde de mulheres na pós-menopausa

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAECHLE, T.R.; GROVES, B.R. Weight Training: Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1992.

CAPORICCI, S.; NETO, M. F. O. Estudo comparativo de idosos ativos e inativos através da avaliação das atividades da vida diária e medição da qualidade de vida. R. Motricidade FTCD/CIDESD 2011, vol. 7, n. 2, pp. 15-24.

DANTAS, E. H. M.; FIGUEIRA, H. A.; EMYGDIO, R. F.; VALE, R. G. S. Functional autonomy GDLAM protocol classification pattern in eldery women. Indian Journal of Applied Research, v.4, n.7, p. 262 – 266, 2014.

RIKLI, R. E.; JONES, C. J. Teste de Aptidão Física para Idosos. Barueri, São Paulo: Manole, 2008.

SOUZA JÚNIOR, S. S.; GUIMARÃES, A. C. A.; KORN, S.; BOING, L.; MACHADO, Z. Força de membros superiores e inferiores de idosas praticantes e não praticantes de ginástica funcional. Saúde, Santa Maria, v. 41, n. 1, p. 255-262GROVES, B.R. Weight Training: Steps to Success. Champaign: Human Kinetics, 1992.

TAIROVA, O. S; LOURENZI, D. R. S. Influência do exercício físico na qualidade de vida de Mulheres na pós-menopausa: um estudo caso-controle. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2011; 14(1): 135-145.

Downloads

Publicado

2017-09-19

Como Citar

Kuroda de Almeida, R. C. A. G., Vale, R. G. de S., & Borba Pinheiro, C. J. (2017). EFEITOS DE DIFERENTES MÉTODOS DE TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE VARIÁVEIS DE SAÚDE EM MULHERES NA PÓS – MENOPAUSA. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6370

Edição

Seção

Resumo - Educação Física