CLASSIFICAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES COM SÍNDROME PIRAMIDAL TRATADOS COM ZICLAGUE®

Autores

  • Drielly Catarinny dos Santos Meneses Universidade Tiradentes
  • Maria Edilaine Rosário Ferreira Universidade Tiradentes
  • Marjorie Marie Marie Mozart Santos Universidade Tiradentes
  • Laiany Lima da Cruz Universidade Tiradentes
  • Edna Aragão Farias Cândido Universidade Tiradentes

Palavras-chave:

Fisioterapia, Espasticidade, Funcionalidade.

Resumo

INTRODUÇÃO: A Síndrome Piramidal é uma lesão neurológica que acomete o trato piramidal no Sistema Nervoso Central e tem como uma das principais consequências a espasticidade. A espasticidade produz alterações nas fibras musculares que aumenta a tensão passiva no músculo e impede que o indivíduo realize diferentes atividades. O medicamento Ziclague® permite que a tensão muscular passiva diminua através da modulação dos canais de Ca 2+ do tipo L. OBJETIVO: Verificar os efeitos do medicamento Ziclague® sobre a musculatura espástica, identificar o nível de comprometimento funcional dos indivíduos com hipertonia elástica e seu desempenho funcional. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada sob a aprovação do CEP (nº 56717516.1.0000.5371). A amostra (n=20) com idade entre 15 a 70 anos, que apresenta Síndrome Piramidal com hipertonia foi avaliada antes e pós tratamento com os seguintes protocolos: Escala de Ashworth, Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) e Medida de Independência Funcional por Atividade (MIF) de acordo com mobilidade da CIF. A cinesioterapia foi realizada com uso do medicamento Ziclague® de forma tópica com 0,6 ml na musculatura espástica. RESULTADOS: Houve diminuição significativa da espasticidade, de média 1.97±1.44 para 1.31±1.12 com redução significativa (p < 0.001). A MIF por atividade, avaliada através da mobilidade da CIF referente a apanhar objetos (d4455), passou de média 2.76±4.18 para 3.69±3.7 de forma significativa (p = 0.007). As demais atividades não obtiveram melhoras significativas. A correlação entre espasticidade e MIF antes e pós-tratamento com uso do Ziclague® foi negativa e moderada. Pós-tratamento houve correlação moderada de forma significativa (p = 0.0008). CONCLUSÃO: Conclui-se que após dez sessões de tratamento associado ao uso do Ziclague®, a MIF por atividade, avaliada através da mobilidade da CIF referente a apanhar objetos, permaneceu com assistência moderada próximo à mínima. Nas demais atividades de acordo com a CIF, não apresentaram melhoras significativas, embora todas tenham ganhado melhores escores quanto à funcionalidade. O uso do Ziclague® reduz a espasticidade e aumenta o desempenho funcional.

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Biografia do Autor

Drielly Catarinny dos Santos Meneses, Universidade Tiradentes

Fisioterapeuta graduada pela Universidade Tiradentes (2012-2016)

Mestranda em Saúde e Ambiente pela Universidade Tiradentes (Atualmente)

Maria Edilaine Rosário Ferreira, Universidade Tiradentes

Graduanda em Fisioterapia

Marjorie Marie Marie Mozart Santos, Universidade Tiradentes

Graduanda em Fisioterapia

Laiany Lima da Cruz, Universidade Tiradentes

Graduanda em Fisioterapia

Edna Aragão Farias Cândido, Universidade Tiradentes

Fisioterapeuta

Referências

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

dos Santos Meneses, D. C., Ferreira, M. E. R., Santos, M. M. M. M., Cruz, L. L. da, & Cândido, E. A. F. (2017). CLASSIFICAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES COM SÍNDROME PIRAMIDAL TRATADOS COM ZICLAGUE®. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6292