TY - JOUR AU - Santos Pereira, Nathalia Santos AU - Montenegro SIlva, Caroline Montenegro PY - 2020/08/13 Y2 - 2024/03/29 TI - HEMATOMA SUBDURAL E SUBARACNOIDEO COMO COMPLICAÇÃO DA RAQUIANESTESIA JF - SEMPESq - Semana de Pesquisa da Unit - Alagoas JA - sempesq VL - IS - 5 SE - Ciências da Saúde e Biológicas DO - UR - https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8239 SP - AB - <p><strong>Introdução</strong>: A Raquianestesia, também denominada de Anestesia espinhal ou Anestesia subaracnóidea é um dos métodos mais antigos no alívio da dor em procedimentos cirúrgicos e consiste na introdução de anestésico local no líquido cefalorraquidiano (LCR) por meio de agulhas especiais. As complicações ocasionadas pelo bloqueio subaracnoide variam desde sintomas leves, como dor lombar associada ao trauma da agulha, até compressão medular potencialmente irreversível por hematoma subdural. Essa complicação rara em anestesia ocorre devido à lesão dural durante a punção que provoca um vazamento contínuo fatal de LCR, assim, como consequência um estiramento, rompimento e sangramento em vasos das meninges. <strong>Objetivo</strong>: Discutir a ocorrência de hematoma subdural como complicação da raquianestesia e avaliar a importância do diagnóstico precoce e rápido.  <strong>Metodologia</strong>: Foi realizada uma revisão através das bases de dados bibliográficas Scielo e PubMed. Foram selecionados oito artigos originais em português, inglês e espanhol e houve limitação às publicações do período compreendido entre 2012 a 2017. <strong>Discussão</strong>: A cefaleia apresenta-se como sintoma mais frequente em vigência de um hematoma subdural ou subaracnoideo após raquianestesia, inclusive em gestantes. No entanto, existem sinais de alerta que devem ser considerados, como desorientacão, visão turva, diplopia, cegueira cortical, zumbidos, perda de audição, parestesia do couro cabeludo, dor na raiz espinhal, lombalgia, vertigem, vômitos e convulsões epilépticas. O tratamento de hematoma subdural inclui o uso de técnicas conservadoras, como observação médica, uma vez que hematomas com menos de 10mm podem desaparecer espontaneamente, medicações para edema ou técnicas cirúrgicas (monitoramento da pressão intracraniana, drenagem do LCR ventricular externo e craniotomia/craniectomia). Vários fatores podem predispor o surgimento dessa complicação: problemas de coagulação, terapia antiplaquetária e anticoagulante, estenose espinhal, anestesia combinada raquiperidural, punções traumáticas, múltiplas e difíceis. Os casos encontrados na literatura são raros especialmente em pacientes jovens sem fator de risco, mas quando presentes e mal diagnosticados são emergências médicas e podem levar o paciente a óbito. Dessa forma, o desenvolvimento rápido e aumento dos sintomas neurológicos graves merecem atenção e suspeita clínica mesmo em pacientes sem fatores de risco para hemorragias. Nesses casos, exames de imagem devem ser feitos em caráter de emergência pelas equipes médicas para confirmar o diagnóstico clínico.<strong> Conclusão</strong>: O hematoma subdural é uma complicação rara da raquianestesia, mas possível, mesmo quando as diretrizes para a prática segura são seguidas e em vigência de ocorrência é preciso agir com rapidez. É provável que o tamanho e a forma da agulha possa influenciar a incidência de hematoma. O diagnóstico precoce é a chave para a plena recuperação do indivíduo. Quando suspeito, de acordo com a história de raquianestesia e sintomas típicos, uma ressonância magnética e tomografia computadorizada deve ser realizada para o diagnóstico de hematoma subaracnoideo e subdural.</p> ER -