TY - JOUR AU - Magalhães, Bruna AU - Bento, Gabrielle AU - Leite, Vivian Larissa AU - Santiago, Kemelle Maria PY - 2020/11/25 Y2 - 2024/03/28 TI - IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO SELETIVA NA QUALIDADE DE VIDA DO AUTISTA E DA FAMÍLIA JF - SEMPESq - Semana de Pesquisa da Unit - Alagoas JA - sempesq VL - IS - 8 SE - Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas DO - UR - https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13652 SP - AB - <div>Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA) integra o grupo de transtornos do neurodesenvolvimento, cujas peculiaridades estão nas deficiências na comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses, segundo a Associação Americana de Psiquiatria (2014). Dentro dessa descrição, existe a seletividade alimentar, que pode ser conceituada como uma falta de variedade na dieta ou consumo, em número, limitado de alimentos (CHAWNER; BLUNDELL-BIRTILL; HETHERINGTON, 2019). De acordo com Miyajima et al. (2017), o período da primeira infância é marcado pela experiência da criança com novos alimentos, sabores e texturas, sendo natural ocorrer seletividade alimentar, porém, os indivíduos com transtornos do autista exacerbam a seletividade e se estender por um período de tempo maior do que em outras crianças. Objetivo: Evidenciar o impacto da alimentação restritiva na qualidade de vida das crianças com TEA e de suas famílias. Metodologia: Utilizou-se a plataforma PUBMED com os descritores "selective eating", “autism”, articulando-os com o operador booleano AND, obtendo-se 26 resultados, em seguida foram aplicados os filtros: “free full text”, “in the last 5 years”, restando sete resultados, esses foram analisados por título e resumo, excluindo quatro por não abordarem o tema</div><div>proposto objetivamente e, por fim, sendo utilizados os três restantes. Resultados: Constatou-se que a restrição alimentar pode ter um</div><div>impacto negativo na criança e na família por inúmeros fatores, como preocupação consistentemente com os hábitos alimentares dos filhos, gerando estresse no convívio familiar, por não saber como lidar com a situação que pode vir acompanhada de ansiedade e comportamentos repetitivos e desafiadores por parte da criança. Além disso, segundo Miyajima et al (2017), a maioria dos pais possui a autoconfiança minada diariamente pela situação conflituosa, cuja interferência influencia na melhoria da aceitação dos alimentos por parte das crianças. Por fim, evidenciou-se que vários estudos notificaram que a alimentação seletiva, conforme Hartman, Patel (2020) como a preferência por alimentos doces e salgadas e recusa pelos saudáveis, pode levar a deficiência de micronutrientes, embora os efeitos em longo prazo não tenham sido explorados na literatura ainda, sendo propensa a consequências próprias da idade, como redução de crescimento ósseo por baixa ingestão de cálcio ou escorbuto por baixos níveis de vitamina C. Conclusão: Assim, evidencia-se que o padrão alimentar de crianças portadoras de TEA influencia na sua qualidade de vida, possivelmente com prejuízos à saúde, e de sua família, sendo imprescindível a avaliação e medidas de intervenção de uma equipe multidisciplinar articulada com o acompanhamento familiar terapêutico.</div>Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA) integra o grupo de transtornos do neurodesenvolvimento, cujas peculiaridades estão nas deficiências na comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses, segundo a Associação Americana de Psiquiatria (2014). Dentro dessa descrição, existe a seletividade alimentar, que pode ser conceituada como uma falta de variedade na dieta ou consumo, em número, limitado de alimentos (CHAWNER; BLUNDELL-BIRTILL; HETHERINGTON, 2019). De acordo com Miyajima et al. (2017), o período da primeira infância é marcado pela experiência da criança com novos alimentos, sabores e texturas, sendo natural ocorrer seletividade alimentar, porém, os indivíduos com transtornos do autista exacerbam a seletividade e se estender por um período de tempo maior do que em outras crianças. Objetivo: Evidenciar o impacto da alimentação restritiva na qualidade de vida das crianças com TEA e de suas famílias. Metodologia: Utilizou-se a plataforma PUBMED com os descritores "selective eating", “autism”, articulando-os com o operador booleano AND, obtendo-se 26 resultados, em seguida foram aplicados os filtros: “free full text”, “in the last 5 years”, restando sete resultados, esses foram analisados por título e resumo, excluindo quatro por não abordarem o temaproposto objetivamente e, por fim, sendo utilizados os três restantes. Resultados: Constatou-se que a restrição alimentar pode ter umimpacto negativo na criança e na família por inúmeros fatores, como preocupação consistentemente com os hábitos alimentares dos filhos, gerando estresse no convívio familiar, por não saber como lidar com a situação que pode vir acompanhada de ansiedade e comportamentos repetitivos e desafiadores por parte da criança. Além disso, segundo Miyajima et al (2017), a maioria dos pais possui a autoconfiança minada diariamente pela situação conflituosa, cuja interferência influencia na melhoria da aceitação dos alimentos por parte das crianças. Por fim, evidenciou-se que vários estudos notificaram que a alimentação seletiva, conforme Hartman, Patel (2020) como a preferência por alimentos doces e salgadas e recusa pelos saudáveis, pode levar a deficiência de micronutrientes, embora os efeitos em longo prazo não tenham sido explorados na literatura ainda, sendo propensa a consequências próprias da idade, como redução de crescimento ósseo por baixa ingestão de cálcio ou escorbuto por baixos níveis de vitamina C. Conclusão: Assim, evidencia-se que o padrão alimentar de crianças portadoras de TEA influencia na sua qualidade de vida, possivelmente com prejuízos à saúde, e de sua família, sendo imprescindível a avaliação e medidas de intervenção de uma equipe multidisciplinar articulada com o acompanhamento familiar terapêutico. ER -