TY - JOUR AU - de Souza Ribeiro, Monique Dione PY - 2020/08/10 Y2 - 2024/03/29 TI - MECANISMO E DESENVOLVIMENTO DO CERATOCONE EM DOENÇAS ALÈRGICAS JF - SEMPESq - Semana de Pesquisa da Unit - Alagoas JA - sempesq VL - IS - 7 SE - Ciências da Saúde e Biológicas DO - UR - https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12039 SP - AB - <p>INTRODUÇÃO: A córnea encontra-se na câmera fibrosa do bulbo ocular, sendo ela avascular, entretanto, com abundantes terminações nervosas e formada por cinco camadas: Epitélio da córnea, membrana de Bowman, substância própria ou estroma, membrana Descemet e o endotélio da córnea. O ceratocone é uma ectasia da córnea, não inflamatória, bilateral e quase sempre assimétrica, caracterizada por uma protusão da córnea central e paracentral que acaba por assumir uma forma cônica, produzindo astigmatismo irregulares, ocasionando perda da acuidade visual. Nesse contexto, os quadro alérgicos estão fortemente associados a progressão do ceratocone, devido às complicações relacionadas à fricção, pois esfregar vigorosamente o olho por tempo prolongado pode levar ao estabelecimento de remodelação da córnea e distúrbios ectáticos. OBJETIVO: Apresentar os mecanismos e desenvolvimento do ceratocone na progressão dos quadros alérgicos. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada em bases de dados SCIELO, PUBMED e Diretriz em Ceratocone do Conselho Brasileiro de<br />Oftalmologia, com artigos publicados entre 2017 e 2019, utilizando como descritores: ceratocone; acuidade visual e doença corneana. RESULTADOS: A condição patológica do ceratocone inicia-se com maior frequência na adolescência atingindo, na maioria dos casos, ambos os olhos e tendo como maior fator etiológico a frequente fricção dos olhos. Dessa forma, o hábito de friccionar os olhos não só predispõe ao ceratocone como agrava a doença por intensificar o desordenamento das fibrilas de colágeno da córnea, que se torna menos rígida. No aspecto bioquímico, o ceratocone pode ser resultante de um erro metabólico dos ceratinócitos distróficos, o que causaria diminuição na síntese de colágeno normal, e aumento na produção de glicosaminoglicanas, que não possuem função estrutural. Além de que a deficiência da enzima glicose-6-fosfatase desidrogenase, também pode estar envolvida na patogenia da doença, levando a peroxidação e dano, da porção lipídica da membrana basal epitelial, com deterioração do colágeno estromal. Tais fatores acabam por ocasionar o adelgaçamento, fibrose e desorganização do estroma da porção central da córnea, associados a focos de fragmentação e descontinuidade da camada de Bowman, tornando assim, as imagens desfocadas tanto para perto como para longe. CONCLUSÃO: Portanto, o atrito crônico nos olhos em doenças oculares alérgicas pode levar à progressão do ceratocone e a outras complicações. Logo, são necessárias estratégias para eliminar o atrito ocular, principalmente entre populações de risco, como crianças e indivíduos com distúrbios oculares alérgicos. O manejo clínico adequado inclui, além da orientação sobre a doença, o controle da alergia e da inflamação dassuperfíci e ocular, bem como a prescrição do uso de óculos como primeira linha de tentativa para reabilitação visual, a fim de possibilitar uma melhora da acuidade visual e qualidade de vida do paciente.</p><p>Palavras-chave: Acuidade visual, ceratocone, doença corneana, doenças alérgicas.</p> ER -