@article{Lages Sarmento Barbosa_2020, title={ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA COMO CAUSA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA VARICOSA EM ALAGOAS – REVISÃO DE LITERATURA}, url={https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/8341}, abstractNote={Introdução: A esquistossomose mansônica (EM), é uma parasitose desencadeada pelo trematódeo do gênero Schistosoma mansoni, sendo transmitida pelo caramujo do gênero Biomphalaria glabrata, principal transmissor nas áreas endêmicas. O ciclo biológico de transmissão depende da eliminação de ovos pelas fezes do hospedeiro humano infectado, que irá liberar miracídios e, ao penetrarem no molusco, evoluem para cercárias liberadas em coleções de água doce tornando-se capazes de entrar no organismo humano pela penetração de pele e mucosas. As larvas resultantes deste processo adaptam-se às condições fisiológicas do meio interno e, ao penetrarem em um vaso, são levadas passivamente até órgãos principais e o sistema porta em cerca de 24 horas. Neste, elas se transformam em formas unissexuadas. Com 4 a 6 semanas o paciente passa, não tratado, para a fase crônica e, em casos mais graves, devido a fibrose extensa do fígado, ocorre hipertensão da circulação portal, acumula-se sangue no baço e aparecem varizes no esôfago, órgãos cujas veias desembocam no sistema porta. Este ciclo, associado à cultura do banho de rio, à má higienização sanitária da população, condições de moradia e saneamento básico precários, atividades econômicas ligadas ao uso da água e carência de vestimenta adequada faz do estado de Alagoas uma região endêmica, principalmente os municípios localizados nas bacias hidrográficas dos rios Mundaú e Paraíba. Objetivo: O objetivo desse trabalho é relatar o desenvolvimento de hemorragia digestiva varicosa devido à epidemia e ao subtratamento da esquistossomose mansônica em Alagoas. Metodologia: foi realizada uma revisão integrativa de artigos científicos disponíveis nas bases de dados do Sciello, Bireme e Lilacs correspondente aos anos de 2007 a 2014. Resultado: No estado de Alagoas, ainda há uma subnotificação de casos e uma identificação tardia da patologia. Isso impede o tratamento adequado, que visa curar a doença, reduzir ou diminuir a carga parasitária do hospedeiro, impedir a evolução para as formas graves, e também minimizar a produção e a eliminação dos ovos do helminto como uma forma de prevenção primária da transmissão. O uso dos antiparasitários, como o prazinquantel e o oxaminiquine exibem substancial eficácia na redução da carga parasitária e morbidade, porém não levam à cura de pacientes crônicos. Assim, a coexistência de condições favoráveis ao desenvolvimento da enfermidade, associada ao tratamento inadequado e tardio permite a evolução patológica crônica. Nesta fase, predomina a fibrose extensa do fígado seguida pela hipertensão da circulação portal e varizes esofágicas cuja ruptura provoca hemorragias extensas e muito graves. Sendo assim, tem grande relevância para a saúde pública, pelo seu difícil controle. Conclusão: A esquistossomose mansônica ainda hoje é um problema de saúde pública no país constituindo importante causa de morbidade e mortalidade. Assim, é essencial a correta profilaxia com ajuda da educação em saúde da população. Além da identificação e notificação de casos novos e o tratamento precoce, evitando a evolução para a fase crônica da doença}, number={5}, journal={SEMPESq - Semana de Pesquisa da Unit - Alagoas}, author={Lages Sarmento Barbosa, Marana}, year={2020}, month={ago.} }