@article{Gameleira_Barbosa_2020, title={MANIFESTAÇÕES ATÍPICAS DAS CRISES EPILÉPTICAS}, url={https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/12001}, abstractNote={<p><strong>RESUMO:</strong> <strong>Introdução: </strong>Epilepsia é uma desordem cerebral caracterizada pela predisposição duradoura para ocorrência de crises epilépticas, as quais são a expressão clínica de descargas neuronais corticais hipersincrônicas. Sem fronteiras raciais, geográficas ou sociais, a epilepsia é uniformemente distribuída em todo o mundo, com predomínio na população idosa. A caracterização clínica das crises é suficiente para o diagnóstico, mas este pode ser refinado por exames complementares (eletroencefalograma e neuroimagem). Tais crises podem reproduzir ou bloquear todos os tipos de comportamento motores e não motores: desde crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas, até piloereção em antebraço, por exemplo. As manifestações atípicas dessas crises foram definidas pela semiologia clínica, quando atenderem aos seguintes critérios: não estiverem descritas na Classificação Internacional das Crises Epilépticas e/ou sua semiologia clínica for sugestiva de crise não epiléptica e o eletroencefalograma (EEG) comprovar que se trata de crise epiléptica. O amplo espectro clínico dessas crises frequentemente promove um retardo no diagnóstico, ocasionando prejuízos ao tratamento e prognóstico. Destaca-se a necessidade de reconhecer as crises atípicas, a fim de diminuir o número de pacientes subdiagnosticados e, portanto, sem o tratamento adequado. Pretende-se, por meio deste estudo,<strong> </strong>avaliar a prevalência e a semiologia das crises epilépticas atípicas (CEA) nos pacientes diagnosticados com epilepsia. <strong>Metodologia: </strong>Estudo transversal, com 1244 pacientes atendidos no ambulatório de epilepsia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas (HU-UFAL), entre fevereiro de 2013 e maio de 2019. A presença de CEA, sua semiologia ictal e sua relação com o perfil epidemiológico dos pacientes foram analisadas. Foram incluídos os pacientes diagnosticados com epilepsia e excluídos 305 pacientes, por apresentarem um diagnóstico duvidoso de epilepsia e/ou por terem comprometimento cognitivo suficiente para comprometer a clareza das informações prestadas.<strong> </strong><strong>Resultados e discussão: </strong>Foi observada uma prevalência de 5,79% de pacientes com componente atípico de crises epilépticas, dos quais 1,85% apresentaram crises exclusivamente atípicas. Neste grupo, observou-se a hegemonia do sexo feminino e de pacientes com idade acima de 50 anos, ambos com prevalência de 60,8%. Além disso, nos pacientes com CEA, houve um predomínio evidente de crises com um componente focal, com síndrome epiléptica indeterminada,  exame neurológico normal e com uma frequência  de mais de uma crise por mês. <strong>Conclusão: </strong>As crises epilépticas atípicas descritas no trabalho caracterizam-se por manifestações escassamente ou nunca descritas na literatura. A nossa proposta de definição de CEA ajudou a caracterizar esse tipo de crise e a situá-la no contexto das CE em geral. Observamos uma expressiva prevalência de CEA nos pacientes com epilepsia. Reconhecer essas crises facilita o diagnóstico precoce das epilepsias. A partir desse diagnóstico, pode-se identificar as causas subjacentes, potencialmente tratáveis. Desse modo, será possível mudar o prognóstico do controle das crises e de suas causas, como tumores cerebrais, encefalites, acidentes vasculares cerebrais, distúrbios metabólicos.</p>}, number={7}, journal={SEMPESq - Semana de Pesquisa da Unit - Alagoas}, author={Gameleira, Gameleira Holanda and Barbosa, Mariana Lages Sarmento}, year={2020}, month={ago.} }