@article{Pereira da Silva_2020, title={ADVOCACY, ASSOCIATIVISMO E ATIVISMO POLÍTICO: PERFIL DAS ORGANIZAÇÕES QUE PROMOVEM CAUSAS FEMINISTAS NO BRASIL.}, url={https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/11964}, abstractNote={<p>O feminismo, e suas pautas, geralmente, é categorizado pelas suas ondas. A primeira caracterizou-se pela luta pela aquisição e extensão dos direitos políticos, representada pelo movimento das sufragistas. A segunda pela liberação das mulheres (debatendo sobre a sexualidade e as relações de poder), e a terceira com base na interseccionalidade. Atualmente, o movimento feminista, refletindo as ondas, define-se pela sua pluralidade ideológica, em que se subdivide em várias vertentes políticas, como: a liberal (com ênfase histórica na primeira onda); a radical (que procura examinar a raiz da opressão das mulheres); a interseccional (estudando os recortes de opressão); o classista (centralizando a questão da classe social como explicação das opressões que as mulheres sofrem), entre outras vertentes de atuação política. A incidência política, entendida como advocacy, foi um dos recursos utilizados pelo movimento feminista no Brasil para influir na agenda política brasileira desde 1990, a exemplo da propositura da lei Maria da Penha pelo consórcio das ONGs CEPIA, CFEMEA, AGENDE, ADVOCACI, CLADEM/IPE e THEMIS. Verifica-se uma ampliação de repertórios e diversidade de práticas, que envolvem, desde o advocacy, o associativismo, até o ativismo político e cyberativismo, e uma diversificação do campo das organizações que promovem causas feministas. Diante dessa constatação, a partir do mapa das organizações da sociedade civil (OSCs) que agrega informações das organizações da sociedade civil de todo Brasil, este trabalho analisou as organizações que promovem causas feministas no Brasil. A amostra foi selecionada entre as organizações que compõem a subárea de defesa de direitos do Mapa das OSCs a partir da pesquisa com os descritores gênero, feminismo e mulher. Esta amostra agregou 352 organizações entre associações, redes, articulações, coletivos, grupos, movimentos, centros, clubes, ações, conselhos, federações, núcleos, ligas, assessorias e institutos, representando 15% do banco de dados do mapa das organizações da sociedade civil. Percebe-se, com base nos dados, o crescimento de associações e grupos de mulheres entre a década de 1970 e 1990, a difusão e atuação constante de centros, assessorias e institutos com o objetivo de incidência política (advocacy) desde 1980, e mais recentemente, da década de 1990, e principalmente, a partir de 2000, movimentos, coletivos, grupos com enfoque em gênero. Destaca-se que as associações e grupos de mulheres estão mais associadas às cidades do interior, enquanto os centros de pesquisa, assessoria, institutos, assim como os coletivos e grupos que atuam através do ativismo político nas capitais. Dentre as causas relacionadas a essas organizações destacam-se as de estudos de gênero, gênero e cidadania, gênero e educação, sexualidade e saúde, entre outras, com maior potencial para o advocacy.</p>}, number={7}, journal={SEMPESq - Semana de Pesquisa da Unit - Alagoas}, author={Pereira da Silva, Carlos Vitor}, year={2020}, month={ago.} }