DOS YOUTUBERS AOS MEMES: OS CONTEÚDOS DA CULTURA PARTICIPATIVA NO CONTEXTO DE CIBERCULTURA E COMO LÊ-LOS CRITICAMENTE

Resumo

Pesquisas recentes, como o estudo Radar Jovem 2014, realizado pela Agência B2 , com 2 mil jovens de mais de seis cidades em diferentes regiões do Brasil, chegou à conclusão de que o jovem brasileiro é assíduo consumidor de internet. Os jovens pesquisados ainda afirmaram ter este meio como principal fonte de informação, com 43% de sua preferência, sendo que o acesso é cada vez mais comum por meio de smartphones. As mídias sociais – WhatsApp, Instagram, Facebook, são citadas não apenas como meios de lazer e diversão, mas também como fonte de informação.Considerando que o acesso às mídias digitais é cada vez maior entre os jovens, se em comparação ao contato com a mídia tida como “tradicional” – canais da televisão aberta, revistas e jornais impressos etc., o objetivo deste artigo é trazer uma análise das características de determinados conteúdos disseminados na cibercultura – como conteúdos produzidos por youtubers, as montagens entre texto e imagem que viram memes, as notícias online etc., e como esses conteúdos têm funcionado como fonte de informação. Além disso, baseada em autores como Siqueira (2014), Lemos (2015), Santaella (2004 e 2007), Buckingham (2003 e 2008), Recuero (2009), Jenkins et al (2006), Barthes (1990 e 1994), Hall (2003), entre outros, explana-se sobre as habilidades de leitura crítica emergentes para este contexto. Basicamente, as habilidades estão ligadas à compressão da linguagem desses conteúdos e à capacidade de “semiotizar” e interpretar os elementos que têm forte carga simbólica, ao entendimento do que está por trás do contexto de produção social e da busca por uma audiência.A proposta está alinhada com os anseios da media literacy, área fundamental para garantir as necessidades de um novo letramento, de acordo com os anseios das multiliteracias para o cenário de cibercultura.