TY - JOUR AU - Freire, Analícia Rocha PY - 2016/11/23 Y2 - 2024/03/29 TI - PERCEPÇÃO CORPORAL E PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ADULTOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA JF - Congresso Internacional de Atividade Física, Nutrição e Saúde JA - CIAFIS VL - 0 IS - 1 SE - Resumo - Nutrição DO - UR - https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3033 SP - AB - INTRODUÇÃO: A dimensão perceptiva do corpo tem sido estudada na tentativa de avaliar como o indivíduo percebe a forma e/ou tamanho do seu corpo e suas interferências. A imagem corporal pode ser influenciada por fatores de origem física, psicológica, ambiental e cultural (CASTRO et al., 2010). Nesse contexto, destaca-se a influência negativa que os meios de comunicação exercem sobre a busca pelos ideais de beleza, resultando em insatisfação com a imagem corporal, na medida em que desejam ter seus corpos mais magros (KAKESHITA; ALMEIDA, 2006). A busca incessante por uma melhor aparência física ou tipo físico idealizado pode motivar atitudes que interferem nos aspectos relacionados à saúde destes indivíduos. OBJETIVO: Avaliar a percepção corporal e sua associação com o perfil antropométrico em adultos praticantes de atividade física. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, de caráter descritivo, realizado em três academias de diferentes bairros em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado da Bahia. Participaram do estudo 53 adultos, de ambos os sexos, com idade entre 19 e 59 anos. Para a avaliação da imagem corporal foram utilizados o Body Shape Questionnaire (BSQ), traduzido por Cordás e Neves (1999) e validado para a população brasileira por Di Pietro e Silveira (2009), e a Escala de Silhuetas proposta por Stunkard et al. (1983). As medidas de peso e altura foram utilizadas para determinar o Índice de Massa Corporal (IMC), sendo utilizados os pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995) para a classificação do estado nutricional. Os indivíduos foram classificados quanto ao padrão de exercício físico de acordo com a definição de Davis e Fox (1993). Constituiu-se como padrão excessivo a prática de exercício físico realizado pelo menos seis vezes por semana, com duração igual ou maior que uma hora por dia das seguintes modalidades: natação; bicicleta; corrida; exercícios em casa; aulas de dança; aulas de aeróbica ou musculação. Para a análise dos dados aplicou-se o teste t e χ2, considerando nível de significância p-valor<0,05, além da regressão de Poisson. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Instituto Multidisciplinar em Saúde/UFBA sob o parecer nº 307.442. RESULTADOS: A maioria dos indivíduos (56,6%) se encontrava na faixa de normalidade para IMC, com proporções similares entre homens (58,6%) e mulheres (54,2%). Não houve diferença significativa ao se comparar o valor do IMC entre os gêneros. A insatisfação corporal esteve presente em 79,2% dos indivíduos, com destaque para o público feminino que apresentou 91,7% de insatisfação com a imagem corporal, mas não mostrou associação com a classificação do IMC. Segundo classificação do BSQ, elevado percentual (86,8%) dos indivíduos avaliados não apresentaram distorção da imagem corporal, entretanto, a pontuação foi significativamente maior entre as mulheres (média=86,08 pontos). Notou-se ainda que a maioria dos indivíduos (73,6%) não apresentaram padrão excessivo de atividade física. CONCLUSÃO: Os dados indicam elevada prevalência de insatisfação corporal nos adultos praticantes de atividade física, sem associação com o padrão excessivo de exercício físico e com o perfil antropométrico. ER -