BIOMARCADORES DE LESÃO OXIDATIVA E TECIDUAL EM RATAS SUBMETIDOS A SESSÃO ÚNICA DE EXERCÍCIO DE FORÇA SUPLEMENTADOS COM EXTRATO HIDROETANÓLICO
Palavras-chave:
Estresse oxidativo, treinamento resistido, Croton argyrophyllusResumo
INTRODUÇÃO: Exercícios resistidos exaustivos, sem prévio treinamento podem levar ao estresse oxidativo podendo causar danos ou destruição aos lipídios de membrana, proteínas e ácidos nucléicos, além de fadiga muscular, danos musculares e diminuição do desempenho físico, levando à produção de radicais livres. Esse processo conta com sistemas antioxidantes enzimáticos e não-enzimáticos, neutralizando os radicais livres. Esses sistemas são potencializados pelo treinamento físico regular e uma suplementação de antioxidante vegetal. OBJETIVO: Analisar os efeitos sobre os biomarcadores da lesão oxidativa e tecidual em ratas submetidas ao exercício agudo de força de alta intensidade e suplementadas com extrato hidroetanólico da entrecasca do Croton argyrophyllus (EHECA). MÉTODOS: A amostra foi composta por 26 ratas Wistar distribuídas em 4 grupos experimentais: sedentário tratado com veículo tween 80 via oral (GSV) (n=7); exercício resistido e tratados com veículo tween 80 via oral (GEV) (n=6); sedentário e tratado com o EHECA (GSE) (n=6); exercício resistido e tratado com EHECA (GEE) (n=7). A intervenção constituiu-se de sessão única de exercício resistido mimetizando o agachamento em humanos. A estimulação para o movimento foi realizada através de eletrodos fixados na cauda. A administração do extrato foi feita 1 hora antes da sessão de exercício. Logo após, os animais foram anestesiados, eutanasiados, e o material biológico coletado para posterior análise de TBARS (MDA), creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH). Para a estatística utilizou-se a ANOVA de uma via com post hoc de Bonferroni, e significância, p<0,05, utilizando o PRISM versão 5.0. RESULTADOS: A concentração de malonaldeído (MDA) plasmático no GEE em relação ao GEV não apresentou diferença significativa; já para a concentração muscular do MDA foi verificada variação significativa entre esses grupos, com valores de 0,77 +0,44 nmol Eq-MDA/mL e 2,23 +0,60 nmol Eq-MDA/mL, respectivamente. Nesse sentido, o EHECA demonstrou efeito redox protetor. A análise da CK plasmática demonstrou inibição do dano tecidual, com valores de 204,9 +54,9 UI/L e 446,7 +89,3 UI/L, entre GEE e GEV, respectivamente. O mesmo efeito inibitório de lesão tecidual foi observado através da LDH plasmática, nos animais sedentários, GSV: 340,8 +79,8 UI/L e GSE: 180,1+35,0 UI/L, bem como nos animais exercitados, GEE: 302,5 +61,5 UI/L e GEV: 435,5 +30,3 UI/L. CONCLUSÃO: Exercício resistido até a exaustão, em sessão única e sem prévio treinamento regular, promoveu estresse oxidativo e lesão tecidual em nível muscular, que puderam ser minimizados por suplementação de extrato hidroetanólico do C. argyrophyllus em ratas.