EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA POTÊNCIA MUSCULAR, FORÇA E CAPACIDADE FUNCIONALDE IDOSAS
Resumo
INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento é inerente ao ser humano e está associado a alterações psicobiológicas que afetam a saúde, e prejudicam movimentos básicos como levantar e caminhar. Para combater esses efeitos, o treinamento de força, tanto de forma funcional quanto de forma tradicional, tem sido considerado método efetivo na melhora da capacidade muscular e funcionalidade. Todavia não se tem clareza sobre os efeitos de diferentes tipos de intervenções desta natureza sobre a capacidade muscular e funcional em idosas. OBJETIVO: Avaliar o efeito do treinamento funcional e tradicional na potência, força e capacidade funcional de idosas. MÉTODOS: Cinquenta e oito idosas entre 60 e 79 anos foram divididas aleatoriamente em: Grupo Funcional (GF n= 19 IMC= 28,8 ± 5,7 kg/m2), Grupo Tradicional (GT n= 17 IMC= 30,0 ± 5,1 kg/m2) e Grupo Controle (GC n= 22 IMC= 26,3 ± 4,1 kg/m2). Os grupos realizaram exercícios de força em ações de empurrar, puxar, agachar e transportar, se diferenciando em movimentos com pesos livres de caráter funcional, ou exercícios mais analíticos em máquinas. Para avaliar capacidade funcional foi utilizado o teste levantar (LC) e caminhar. A força máxima e potência foram avaliadas no exercício leg press 45º. Os dados foram apresentados com percentual de mudança (∆), analisados a partir de uma ANOVA 2X3 com significância p≤0,05, calculando percentual de mudança (∆). RESULTADO: No teste de levantar e caminhar, tanto o grupo funcional quanto o tradicional melhoraram de pré para pós (GF - ∆ 7,4 p < 0,01; GT - ∆5,3 p < 0,01; GC - ∆ 1 p = 0,40). Na força de membros inferiores (GF – p < 0,01; GT – p < 0,01; GC - p < 0,001) e potência de membros inferiores (GF – p < 0,01; GT – p < 0,000; GC p < 0,01) todos os grupos melhoraram. O grupo funcional foi diferente em relação ao grupo controle no teste sentar e levantar (p = 0,037) e na força máxima de membros inferiores (p = 0,007). Na potência muscular e membros inferiores os dois grupos foram melhores significativamente em relação ao controle (GF – p < 0,001; GT – p = 0,005). CONCLUSÃO: Ambos os treinamentos foram eficientes em melhorar a funcionalidade, no entanto apenas o grupo funcional obteve melhora em relação a grupo controle em todas as variáveis.
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Referências
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