Influencia da Inclusão de Exercícios Específicos para o Core no Treinamento Funcional e do Treinamento do Core Sobre a Performance do Tronco
Palavras-chave:
Desempenho, Aptidão física, TreinamentoResumo
INTRODUÇÃO: Além de atuar transferindo forças para os membros, a estabilidade lombo pélvica e a resistência dinâmica do core são fatores relevantes para prevenção de lesões e para o controle do movimento do tronco sobre a pelve. Através de exercícios globais e multiarticulares, o treinamento funcional parece promover adaptações no core, porém não está claro se é necessário incluir exercícios específicos para essa região, para aumentar a performance do core. OBJETIVO: Analisar a influência da inclusão de exercícios específicos do core no treinamento funcional, e do treinamento do core sobre a estabilidade lombo pélvica e a resistência da musculatura do tronco. MÉTODOS: Sessenta jovens foram selecionados e divididos randomicamente em três grupos: Treinamento Funcional com core (TFC: n = 21; 24,7 ± 5,5 anos; 23,9 ± 3,3 kg/m²), Treinamento Funcional (TF: n= 21; 27,5 ± 6,6 anos; 25,3 ± 3,7 Kg/m²) e Treinamento do Core (TC: n=18; 25,3 ± 7,7 anos; 24,1 ± 3,8 kg/cm²). Os grupos TF e TFC realizavam exercícios globais e multiarticulares de caráter funcional, diferindo apenas que no último houve a inclusão de exercícios específicos o core. Já o TC realizava apenas exercícios para o core. Foram realizadas 36 sessões de treinamento, três vezes por semana durante 12 semanas. Estabilidade lombo pélvica (ELP) e resistência dinâmica (RD) do core foram avaliados através dos testes de elevação pélvica unilateral e sit up test, respectivamente. Os dados foram expressos em média e desvio padrão. Foi realizada uma ANOVA 3X2 com post hoc test de Sidak (p≤0,05). RESULTADOS: Após 12 semanas de intervenção, todos os grupos aumentaram significativamente a estabilidade lombo pélvica e resistência dinâmica: TFC (ELP: Pré=61,3±19,1 vs Pós=68,8 ± 23,6, com Δ% = 36,2%, p≤0,05) e (RD:Pré=29,35 ± 7,2 vs Pós=39,35 ± 7,5,com Δ%= 33% p≤0,05); TF(ELP: Pré=62,8 ± 29,9 vs Pós=71,1 ± 27,0, com Δ%= 36,2, p≤ 0,01) e ( RD: Pré=24 ± 10,8 vs Pós=36,43 ± 11,5, com Δ%= 47%, p≤0,01); TC( ELP: Pré=65,9 ± 47,5 vs Pós=83,4 ± 69,6 com Δ%= 72%, p≤0,01) e;(RD:Pré=23,44 ± 10,1 vs Pós=36,33 ± 10,3, com Δ%= 55%, p≤0,01). Quando comparados os grupos não apresentaram diferença estatisticamente significativa. CONCLUSÃO: Conclui-se que tanto o treinamento especifico do core quanto o treinamento funcional com inclusão de exercícios para o core promovem melhoras similares no que diz respeito à resistência dinâmica e estabilidade lombo pélvicaDownloads
Referências
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