MALONDIALDEÍDO E GRUPO SULFIDRILA COMO MARCADORES DE DANOS OXIDATIVOS NO TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE
Palavras-chave:
Malondeialdeído, Grupos Sulfidrilas, TBARS Treinamento Intervalado de Alta Intensidade.Resumo
INTRODUÇÃO: Espécies reativas de oxigênio contribuem para a ocorrência de várias doenças, estresse e lesão oxidativo. O malondialdeído (MDA), um produto da oxidação da lipoperoxidação, tem sido detectado em níveis elevados em várias doenças. Os grupos sulfidrila (SH) são considerados os maiores e mais frequentes antioxidantes no plasma. O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) envolve exercícios de alta intensidade por um curto período de tempo e momentos breves de descanso. OBJETIVO: Verificar os marcadores de danos oxidativos no treinamento intervalado de alta intensidade. METODOLOGIA: Foram utilizados 16 ratos machos da linhagem Wistar com peso entre 250g a 300g com idade inicial de 60 dias. Divididos em dois grupos: sedentário (SED) e treinado (TR) ambos com 08 animais cada. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal (CEPA) da UFS (protocolo 58/2016). O treinamento foi realizado segundo o protocolo adaptado de Terada e Colaboradores (2004): 14 períodos de natação com duração de 20 segundos e pausa de 10 segundos entre cada período, 3 vezes durante 4 semanas, e carga de 14% do peso corporal. Após 48h ao final do período experimental, os animais foram eutanasiados e foram removidos o coração, gastrocnêmico, tríceps e coletados 4ml de sangue para avaliação do estresse oxidativo, através da dosagem de MDA pelo método do TBARS e SH como nível de capacidade antioxidante. Foi utilizado o test-T de Student não pareado e p < 0,05. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre os níveis de MDA (µmol/L) no coração entre os grupos SED (8,386 ± 1,651) e TR (8,694 ± 1,768) no coração, bem como no gastrocnêmio entre os grupos SED (6,800 ± 0,2446) e TR 6,893 ± 1,151). Não houve diferença significativa nas concentrações de SH (µmol/L) no tríceps entre os grupos SED (122,08 ± 24,067) e TR (97,335 ± 17,295) e no sangue entre os grupos SED (109,33± 25,658) e TR (40,553 ± 11,217). CONCLUSÃO: Conclui-se, que o HIIT não promoveu danos oxidativos no coração e no músculo gastrocnêmico, uma vez que também não houve uma atividade da capacidade antioxidante tanto no tríceps como no sangue, e apesar de não terem sido gerados danos oxidativos os biomarcadores MDA e SH podem ser sugeridos como parâmetros de avaliação do HIIT em biomarcadores de estresse oxidativo.
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Referências
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