EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA CAPACIDADE DE MARCHA DE IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS
Palavras-chave:
Envelhecimento, Funcionalidade, Qualidade da marchaResumo
INTRODUÇÃO: O envelhecimento está associado à redução da mobilidade funcional, e como consequência, favorece a redução de capacidades físicas. Entende-se como mobilidade funcional atividades fundamentais como, sentar, levantar e caminhar; funções essas que, se deterioradas, levam a maior dependência dos idosos. A literatura científica tem demonstrado que treinamentos que envolvam atividades com características próximas às realizadas no dia a dia são efetivas para melhora dessas condições. Portanto treinar a capacidade de marcha parece importante para melhorar os efeitos deletérios do envelhecimento. OBJETIVO: Verificar os efeitos de oito semanas de treinamento funcional na capacidade de marcha de idosas fisicamente ativas. MÉTODOS: Esse é um ensaio clínico randomizado, no qual participaram 40 idosas divididas em dois grupos: treinamento funcional (TF: n=18) e grupo controle (GC: n=22). O TF ocorreu durante oito semanas, três vezes por semana e em dias alternados. Cada sessão de treinamento foi dividida em quatro blocos distintos no qual, o TF realizou atividades multicomponentes, multiplanares e integradas, compreendendo capacidades físicas como: amplitude de movimento, força e potência muscular, velocidade, agilidade e capacidade cardiorrespiratória. O GC realizou atividades cognitivas e alongamento. Antes e após a intervenção foi avaliada a capacidade de caminhada, a partir dos testes de caminhada de seis minutos (C6min) e levantar e caminhar (LC). ANOVA 2x2, seguida do post hoc de Bonferroni, foi utilizada para comparações entre os grupos. O tamanho do efeito (TE) foi calculado para observação da magnitude dos efeitos. RESULTADOS: Foi obervada diferenças estatísticas entre os momentos inicial e final para o TF (LC: ∆=4,26%; ES = 0,45; p<0,001 e C6min: ∆= 3,54%; ES = 0,35; p<0,001). Não obstante, não foram encontradas diferenças para o GC (LC: ∆=0%; ES = 0,09 e C6min: ∆= -2,82%; ES = -0,37; p>0,05). CONCLUSÃO: O TF promove melhora significativa na capacidade de marcha em idosas fisicamente ativas.
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Referências
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