Influência do método de extração sobre o conteúdo de polifenóis e capacidade antioxidante envolvendo transferência de elétrons do alecrim

Autores

  • Luiz Ícaro Cardoso Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Andreza Santana Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Suzanne Oliveira Rezende Universidade Federal de Sergipe
  • Liliane Viana Pires Universidade Federal de Sergipe
  • Ana Mara de Oliveira e Silva Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Alecrim, compostos fenólicos, antioxidantes,

Resumo

INTRODUÇÃO: Por muito tempo temperos, condimentos e especiarias foram utilizadas pelo homem com o único objetivo de agregar sabor a alimentos e/ou preparações, sendo o alecrim uma das especiarias mais utilizadas. O alecrim apresenta propriedades importantes nos processos microbianos e oxidativos por meio da atividade de seus metabólitos secundários. Contudo, para a extração destes, a literatura dispõe de diversos métodos. OBJETIVO: Avaliar a influência de diferentes métodos de extração no conteúdo de compostos fenólicos e na capacidade antioxidante in vitro de extratos aquosos de alecrim. MÉTODOS: Foram obtidos extratos aquosos pelo método convencional (sob agitação – EAAg por 60 minutos) e assistido por ultrassom (EAAu – por 30 minutos). Posteriormente foi feita a determinação dos compostos fenólicos e a capacidade antioxidante foi assegurada pelos métodos de varredura do radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH), captura do radical 2,2´- azinobis(3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) (ABTS) e capacidade antioxidante de redução de ferro (FRAP) e para análise estatística foram utilizados o GraphPad Prism e IBM SPSS. RESULTADOS: Os extratos apresentaram alto teor de compostos fenólicos (EAAg: 136,23 ± 0,90 e EAAu: 140,93 ± 1,80 mg EqAG/g de extrato seco), destacando-se o método assistido por ultrassom por apresentar maior eficiência na extração (p<0,05). Ambos extratos apresentaram forte correlação (r>0,7) entre a quantidade de compostos fenólicos e capacidade antioxidante envolvendo transferência de elétrons, onde a concentração mínima necessária para reduzir a concentração inicial do radical DPPH em 50% (IC50) foi de 77,97 e 90,39 μg/mL para o EAAg e EAAu, respectivamente. Os extratos demonstraram desempenho semelhante para o método ABTS com IC50 2295,41 μg/mL (EAAg) e 2058, 88 μg/mL EAAu. E quando avaliado a capacidade redutora pelo método FRAP, observou-se atividade dose dependente para EAAg a partir da concentração de 100 μg/ mL e 200 μg/ mL para EAAu.  CONCLUSÃO: Assim, nas condições avaliadas, demonstra-se que os extratos aquosos de alecrim, independentemente do tipo de extração, apresentam alto teor de compostos fenólicos aos quais são responsáveis por seu potencial antioxidante. No entanto, considerando o tempo utilizado nos dois métodos de extração, conclui-se que a extração assistida por ultrassom pode ser considerada uma alternativa mais rápida e econômica para a obtenção de extratos, quando comparado às metodologias convencionais.

 

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Biografia do Autor

Luiz Ícaro Cardoso Santos, Universidade Federal de Sergipe

Nutricionista graduado pela Universidade Federal de Sergipe atuante no Centro Médico Clivida

Andreza Santana Santos, Universidade Federal de Sergipe

Discente do Programa de Pós Graduação em Ciência da Nutrição da Universidade Federal de Sergipe

Suzanne Oliveira Rezende, Universidade Federal de Sergipe

Mestre em Química e Técnica do Laboratório de Bromatologia do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe

Liliane Viana Pires, Universidade Federal de Sergipe

Professora Adjunta do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe

Ana Mara de Oliveira e Silva, Universidade Federal de Sergipe

Professora Adjunta do Departamento de Nutrição (DNUT) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Coordena o Laboratório de Análises de Alimentos do DNUT e atualmente orienta (Mestrado) no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição (PPGCNUT/UFS) e no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS/UFS) e colabora no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PROCTA/UFS).

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Santos, L. Ícaro C., Santos, A. S., Rezende, S. O., Pires, L. V., & e Silva, A. M. de O. (2017). Influência do método de extração sobre o conteúdo de polifenóis e capacidade antioxidante envolvendo transferência de elétrons do alecrim. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6672