ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O TREINAMENTO FUNCIONAL E TRADICIONAL SOBRE A FORÇA E POTÊNCIA MUSCULAR E CAPACIDADE DE CAMINHADA EM IDOSAS

Autores

  • Leandro Henrique Albuquerque Brandão Universidade Federal de Sergipe
  • Albernon Costa Nogueira Universidade Federal de Sergipe
  • Leury Max da Silva Chaves Universidade Federal de Sergipe
  • Antônio Gomes de Resende Neto Universidade Federal de Sergipe
  • Marzo Edir da Silva Grigoletto Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Envelhecimento, Aptidão física, Qualidade de vida.

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo envelhecimento está associado a inúmeras  debilidades. Dentre as principais, está à redução na força e potência muscular, bem como da capacidade de caminhada. Em contraponto, o treinamento funcional e resistido tradicional são amplamente utilizados para atenuar esses efeitos deletérios. Porém, não está claro qual dos métodos é mais efetivo sobre a força, potência e capacidade de caminhada. OBJETIVO: Analisar os efeitos de 12 semanas de treinamento funcional e resistido tradicional na força, potência muscular e capacidade de caminhada em idosas fisicamente ativas. MÉTODOS: Cinquenta e nove idosas já praticantes de exercício físico foram divididas em três grupos: 1) treinamento funcional (TF: n=18); 2) treinamento resistido tradicional (TR: n=19); e 3) grupo controle (GC: n=22). As participantes foram submetidas à avaliação de força, potência muscular, e capacidade de caminhada nos testes: 1RM (FOR), teste de potência utilizando 50% da carga de 1RM (POT), levantar e caminhar (LC) e caminhada de seis minutos (CA), respectivamente. Cada sessão de treinamento possuía 50 minutos e foi dividida em quatro blocos: preparação para o movimento, neuromuscular 1 (para TF) e caminhada contínua (para TT), força muscular com pesos livres (TF) e em máquinas (TT) e cardiometabólico. O GC realizou atividades cognitivas e alongamentos. Os dados foram expressos em média e desvio padrão. Análise de variâncias para medidas repetidas (ANOVA 2x2) com post hoc de Sidak foram utilizados para as análises principais (p≤0,05). RESULTADOS: Observou-se que em ambos os grupos de treinamento, TF (FOR: Δ%=28,59, p=0,001; POT: Δ%=20,82, p=0,001; CA: Δ%=6,59, p=0,001; LC: Δ%=10,64, p=0,001) e TT (FOR: Δ%=19,43, p=0,001; POT: Δ%=11,83, p=0,001; CA: Δ%=3,67%, p=0,001; LC: Δ%=8,70, p=0,001) apresentaram melhora significativa em todos os testes realizados, sem diferença entre eles. O GC reduziu significativamente em POT (Δ%=-15,41, p=0,001) e em CA (Δ%=-4,36, p=0,001). Em comparação ao GC, TF foi superior em POT (p=0,001) e LC (p=0,013), ao passo que o TT em POT (p=0,001), LC (p=0,006) e CA (p=0,029). CONCLUSÃO: Conclui-se que tanto TF quanto TT são estratégias viáveis e efetivas para melhorada força, potência e capacidade de caminhada em idosas fisicamente ativas.

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Referências

D SILVA-GRIGOLETTO, ME; BRITC. J; HEREDIA, J. R. Treinamento funcional: funcional para que e para quem?. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. v.16, n. 6, p. 608-617, 2014.

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Brandão, L. H. A., Nogueira, A. C., Chaves, L. M. da S., de Resende Neto, A. G., & Grigoletto, M. E. da S. (2017). ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O TREINAMENTO FUNCIONAL E TRADICIONAL SOBRE A FORÇA E POTÊNCIA MUSCULAR E CAPACIDADE DE CAMINHADA EM IDOSAS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6640

Edição

Seção

Resumo - Educação Física