EFEITOS DE DOZE SEMANAS DE TREINAMENTO TRADICIONAL E TREINAMENTO FUNCIONAL NA POTÊNCIA MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES EM IDOSAS.
Palavras-chave:
Treinamento de resistência, exercícios em circuito, potência, treinamento neuromuscular, envelhecimento.Resumo
INTRODUÇÃO: A potência muscular é uma importante capacidade física para a realização das tarefas da vida diária, e há uma acentuada diminuição da mesma durante o processo de envelhecimento. O treinamento com peso é uma eficaz estratégia para inibir esta diminuição. Existem evidências, de que o treinamento funcional pode atenuar a perda de potência muscular na população idosa, no entanto é uma área de pesquisa que carece de maiores esclarecimentos. OBJETIVO: Verificar os efeitos de 12 semanas de treinamento tradicional e treinamento funcional na potência muscular de membros inferiores em idosas. MÉTODOS: Quarenta e cinco idosas foram randomizadas e alocadas nos grupos: Treinamento Funcional (TF: n=16, idade = 65,6 ± 3,2 anos, IMC = 28,2 ± 3,2 kg/m-² ), que realizaram exercícios multiarticulares de caráter funcional; Treinamento Tradicional (TT: n=14; idade = 63 ± 1,8 anos, IMC = 28 ± 4,8 kg/m²) com exercícios tradicionais em máquinas predominantemente analíticas e trabalho neuromuscular isolado, e Grupo Controle (GC: n=15, idade = 66,8 ± 6,1 anos, IMC = 29,7 ± 4,6 kg/m-²), realizaram alongamentos com níveis de amplitude articular submáximas e relaxamentos. As sessões de treinamento duraram 60 minutos, com uma frequência semanal de três vezes, em dias alternados. Para estimar a potência de membros inferiores, foi realizado o Counter Mouvement Jump Test em uma plataforma de contato. Média e desvio padrão foram usados como estatística descritiva. As comparações de médias foram realizadas através de uma ANOVA 3X2 e post hoc de Sidak (p≤0,05). RESULTADOS: Após as 12 semanas, todos os grupos demonstraram melhoras significativas (p≤0,01) (TF pré: 23,37±4,0 vs pós: 26,42±3,55; p≤0,05) com aumento relativo de 13,0%. Por outro lado, o grupo TT (pré: 28,70±0,50 vs pós: 30,73±2,03; p≤0,05), percentual de mudança de 7,0%. Já o grupo GC (pré: 17,78 ± 0,17 vs pós: 17,27 ± 0,03; p>0,05), aumento relativo de - 2,0 %. Entretanto, não foi observado diferenças significativas entre os grupos. CONCLUSÃO: De acordo a amostra e as condições analisadas, conclui-se que o treinamento funcional e tradicional são igualmente eficientes para a melhora da potência muscular de membros inferiores de idosas.
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Referências
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