IMPORTÂNCIA DE EXERCÍCIOS ESPECIFICOS PARA O CORE NO TREINAMENTO FUNCIONAL SOBRE A QUALIDADE DE MOVIMENTO.
Palavras-chave:
Exercício, Aptidão Física, Movimento.Resumo
INTRODUÇÃO: Dentre as formas de treinamento físico para a melhora da qualidade do movimento, está o treinamento funcional, caracterizado por exercícios em padrões funcionais, que por serem multiarticulares e multiplanares, em tese provocam maior ativação do core. É comum incluir exercícios específicos para a musculatura do core em protocolos de treinamento funcional, no entanto ainda não está claro se essa inclusão contribui na melhora da qualidade de movimento. OBJETIVO: Analisar a influência da inclusão de exercícios do core no treinamento funcional, e do treinamento do core sobre a qualidade de movimento. MÉTODOS: Os indivíduos foram divididos randomicamente em três grupos: Treinamento Funcional (TF) (n=18, 24,7 ± 5,5 anos, 23,9 ± 3,3 kg/m²) que realizou apenas exercícios multiarticulares e multiplanares; Treinamento do Core (TC) (n=21, 25,3 ± 7,7 anos, 24,1 ± 3,8, kg/m²) que realizou exercícios específicos para o core; Treinamento Funcional Core (TFC), que realizava exercícios multiarticulares e multiplanares, bem como exercícios específicos para o core (TFC) (n=21, 27,5 ± 6,6 anos, 25,3 ± 3,7, kg/m²), os indivíduos treinaram três vezes por semana, durante 12 semanas. Para avaliação da qualidade do movimento utilizou-se o Functional Movement Screen (FMS), que é composto por sete testes que avaliam mobilidade e estabilidade, com uma pontuação de 0 a 3, em que, quanto maior a nota, melhor a execução do movimento. Foi utilizado uma ANOVA (3x2) e post hoc de Sidak, p<0,05. Também foi calculado o tamanho do efeito (TE). RESULTADOS: Após as 12 semanas, todos os grupos demonstraram melhoras significativas (p≤0,01), TF (pré: 13,1±1,7 vs pós: 14,4±1,4) obteve aumento relativo de 12,2% e TE de 0,90. Por outro lado, o grupo TC (pré: 12,7±1,6 vs pós: 14,5±1,7), apresentou percentual de mudança de 13,0% e TE de 1,02. Já o grupo TFC (pré: 13,5±2,1 vs pós: 15,5±1,7), apresentou aumento relativo de 14,5% e TE de 0,92. CONCLUSÃO: Tanto o treinamento do core, quanto o treinamento funcional com e sem a inclusão de exercícios específicos para o core são eficientes na melhora da qualidade de movimento.
Downloads
Referências
DA SILVA-GRIGOLETTO, M. E.; BRITO, C. J.; HEREDIA, J. R. Treinamento funcional: funcional para que e para quem?. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. v. 16, n. 6, p. 608-617, 2014.
OKADA, T; HUXEL K.C.; NESSER; T.W. Relationship between core stability, functional movement, and performance. Journal of Strength and Conditioning Research. v. 25, n. 1, p. 252–261, 2011.
SHARROCK, C.; CROPPER, J.; MOSTAD, J.; JOHNSON, M.; MALONE, T. A pilot study of core stability and athletic performance: is there a relationship?. The International Journal of Sports Physical Therapy. v. 6, n. 2, p. 63 - 74, 2011
COOK G, BURTON L, HOOGENBOOM BJ, VOIGHT M. Functional movement screening: the use of fundamental movements as an assessment of function ‐ part 1. International Journal of Sports Physical Therapy. v. 9, n. 3, p. 396 - 409, 2014
COOK G, BURTON L, HOOGENBOOM BJ, VOIGHT M. Functional movement screening: the use of fundamental movements as an assessment of function‐part 2. International Journal of Sports Physical Therapy. v. 9, n. 4, p. 549 - 563, 2014