COMPOSIÇÃO CORPORAL E DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE GINASTAS RÍTMICAS BRASILEIRAS EM PREPARAÇÃO PARA OLIMPÍADA DE 2020

Autores

  • Lorena Izabel Oliveira de Santana Universidade Federal de Sergipe
  • Carolina Aragão Céu Melo Universidade Federal de Sergipe
  • João Henrique Gomes Universidade Federal de Sergipe
  • Camila Ferezin Confederação Brasileira de Ginástica
  • RENATA REBELLO MENDES Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

composição corporal, densidade óssea, ginástica, esporte

Resumo

INTRODUÇÃO: A ginástica rítmica (GR) é uma modalidade esportiva, na qual o biótipo magro é determinante. Por requerer habilidades como coordenação, flexibilidade, equilíbrio, resistência e força, a GR exige muitas horas de treinamento. Esse cenário promove elevada produção de opióides que, juntamente com a magreza, inibem o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas, favorecendo o hipoestrogenismo, a diminuição da mineralização óssea (DMO), e, consequentemente, o aumento do risco de fraturas. OBJETIVOS: Avaliar a composição corporal e a densidade mineral óssea de atletas da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica de Conjunto em preparação para a Olimpíada de 2020. METODOLOGIA: Estudo transversal em que foram avaliadas as 10 atletas integrantes da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica de Conjunto, do sexo feminino, com idade média de 17,7±2,4 anos. Para a avaliação da composição corporal e a densidade mineral óssea, foi adotada a Absortometria Radiológica de raio X de Dupla Energia (DEXA), padrão ouro para esta mensuração. A estatística descritiva em valores médios, desvio padrão, mínimo e máximo foi utilizada. O teste de Shapiro-wilk foi aplicado para testar a normalidade dos dados. Uma vez sendo aceita, recorreu-se a correlação linear de Pearson entre composição corporal e densidade mineral óssea. A magnitude da correlação seguiu a classificação: r = 0,10 até 0,30 (fraco), r = 0,40 até 0,60 (moderado) e r = 0,70 até 1,00 (forte). Os dados foram analisados usando SPSS versão 21.0. A significância adotada foi de p≤0,05.RESULTADOS: As médias, desvio padrão, mínimo e máximo das atletas foram, respectivamente: peso 51,7±4,6kg, mín.44,1kg, máx.58,2kg; estatura1,63±0,04m, mín.1,53m, máx.1,69m; IMC 19,4±1,5kg/m2, mín.17,3kg/m2, máx.22,5 kg/m2; % de Massa Gorda 23,4±5,2, mín.17,4, máx.34,8; % de Massa Magra 76,6±;5,2, mín.65,2, máx.82,6; Peso da massa gorda 12,2±3,4 kg, mín.8,7, máx.20,2; Peso da massa magra 39,5±3,5 kg, mín.31,7, máx.43,3; índice de massa gorda (FMI = MG kg/estatura2)  4,6±1,4, mín.3,3, máx.7,8; DMO 1162,0±55,6, mín.1087,0 g/cm2,máx.1255,0 g/cm2; DMO Z score 0,6±0,8, mín.0,5, máx.1,8. Segundo os critérios de classificação para o FMI, estabelecido por meio dos valores obtidos no exame de DEXA, 30%(3) das atletas apresentaram severa deficiência de gordura corporal, 40%(4) leve deficiência e 30%(3) gordura corporal normal. A classificação para a DMO esteve normal para 100%(10) da amostra. Não foi encontrada correlação estatística entre composição corporal e densidade mineral óssea quando testada. CONCLUSÃO: A partir da avaliação da composição corporal e da densidade mineral óssea foi observado elevada incidência de déficit para massa gorda, no entanto, a DMO esteve mantida para todas as atletas.

 

 

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Biografia do Autor

Lorena Izabel Oliveira de Santana, Universidade Federal de Sergipe

Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal de Sergipe. Possui experiência na área de diabetes, nutrição de alto rendimento.

Carolina Aragão Céu Melo, Universidade Federal de Sergipe

Discente no curso de graduação em Nutrição da Universidade Federal de Sergipe

João Henrique Gomes, Universidade Federal de Sergipe

Docente no curso de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe, CREF:042858-G/SP.

Camila Ferezin, Confederação Brasileira de Ginástica

Treinadora da equipe de Conjunto da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica

RENATA REBELLO MENDES, Universidade Federal de Sergipe

Docente no curso de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe, CRN: 8647.

Referências

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Oliveira de Santana, L. I., Aragão Céu Melo, C., Gomes, J. H., Ferezin, C., & REBELLO MENDES, R. (2017). COMPOSIÇÃO CORPORAL E DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE GINASTAS RÍTMICAS BRASILEIRAS EM PREPARAÇÃO PARA OLIMPÍADA DE 2020. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6607