INGESTÃO DIETÉTICA DE ZINCO COMO PREDITORA DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE INSULINA EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Autores

  • Paula Nascimento Brandao Lima Universidade Federal de Sergipe
  • Gabrielli Barbosa de Carvalho Universidade Federal de Sergipe
  • Ramara Kadija Fonseca Santos Liga Acadêmica de Nutrição em Diabetes/UFS
  • Kiriaque Barra Ferreira Barbosa Universidade Federal de Sergipe
  • Liliane Viana Pires Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

deficiência de zinco, diabetes mellitus tipo 2, ingestão de alimentos

Resumo

INTRODUÇÃO: O mineral zinco (Zn) desempenha importante papel na produção, secreção, armazenamento e sinalização da insulina; manutenção de células β e regulação de seus canais de cálcio; e na secreção de glucagon. Assim, a deficiência desse mineral pode resultar em um controle glicêmico deficiente, o que está intimamente ligado ao aparecimento e progressão da diabetes mellitus tipo 2 (DM2). OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da ingestão alimentar de Zn nas variáveis do metabolismo da glicose em indivíduos com DM2. MÉTODOS: Estudo transversal, no qual foram avaliados 41 indivíduos com DM2, ambos os sexos, com idade entre 18 e 59 anos, que não faziam uso de fumo e bebidas alcoólicas regularmente, bem como, não utilizavam suplemento vitamínico-mineral. Dados antropométricos foram obtidos e utilizados para o cálculo do índice de massa corporal (peso e altura) e classificação de risco metabólico (circunferência da cintura - CC). A ingestão alimentar de Zn foi avaliada por meio de recordatórios alimentares de 24 horas, aplicados em 3 dias, sendo um dia referente ao final de semana. Além disso, foram avaliadas as concentrações séricas de glicose de jejum, insulina, peptídeo C e percentual de hemoglobina glicada. Análises descritiva e linear multivariada, teste t de comparação de médias e teste de correlação de Pearson foram realizados, com nível de significância de 95%. RESULTADOS: A média de idade dos indivíduos avaliados foi de 49,10±7,68 anos, com tempo médio de diagnóstico de 6,89±5,05 anos, sendo 68,29% do sexo feminino. A maioria dos indivíduos (90,24%) foi classificada com sobrepeso ou obesidade, e com risco de complicações metabólicas associadas ao excesso de peso (95,12%) avaliado pela CC. A ingestão alimentar de Zn mostrou-se inadequada para ambos os sexos (mulheres: 4,74±0,54 mg/dia; homens: 6,31±0,75 mg/dia), de acordo com a necessidade média estimada, sem diferença significativa (p=0,106). Foi observada correlação positiva entre os valores de Zn dietético e de insulina sérica (r=0,507; p<0,05). A análise de regressão mostrou que a ingestão de Zn aumenta em 0,544 µU/mL a concentração sérica de insulina, em um modelo ajustado pelas variáveis sexo e idade. CONCLUSÃO: Dessa forma, o Zn dietético é preditor da concentração de insulina. Os dados reforçam a participação do zinco no metabolismo glicêmico, demonstrando ainda o potencial desse mineral no manejo dietoterápico de indivíduos com DM2, visto a inadequação da ingestão alimentar observada.

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Nascimento Brandao Lima, P., Barbosa de Carvalho, G., Fonseca Santos, R. K., Barra Ferreira Barbosa, K., & Viana Pires, L. (2017). INGESTÃO DIETÉTICA DE ZINCO COMO PREDITORA DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE INSULINA EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6567