INFLUÊNCIA DE DIFERENTES MÉTODOS DE TREINAMENTO NA COMPOSIÇÃO CORPORAL E NOS COMPONENTES DA FORÇA MUSCULAR EM IDOSAS
Palavras-chave:
Treinamento, Envelhecimento, Atividades diárias, Qualidade de vida.Resumo
INTRODUÇÃO: Exercícios resistidos tradicionais têm sido amplamente utilizados durante a última década para promover força e hipertrofia muscular em idosos. Não obstante, poucos estudos relataram uso de uma abordagem funcional em que padrões comuns para atividades diárias são considerados o estímulo primário. Além disso, observa-se uma carência de investigações comparando o treinamento funcional com métodos tradicionais para melhor observação dos reais efeitos em respostas adaptativas multisistêmicas. OBJETIVO: Determinar os efeitos de doze semanas dos treinamentos funcional e tradicional sobre a composição corporal e componentes da força muscular em idosas fisicamente ativas. MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, no qual participaram da intervenção 79 idosas, formando três grupos distintos: Treinamento funcional (GF: n=32; 65,28 ± 4,96 anos; 29,13 ± 5,48 kg/m-²), Treinamento Tradicional (GT: n=32; 65,28 ± 4,96 anos; 29,13 ± 5,48 kg/m-²) e Grupo Alongamento (GA: n=15; 64,40 ± 3,68 anos; 26,40 ± 4,65 kg/m-²). A força dinâmica máxima (FDM) foi verificada por meio do teste de 1RM nas máquinas leg press e remada. Para análise da potência muscular (PM) foi utilizado 50% da carga máxima e a velocidade foi determinada utilizando um encoder linear e a força isométrica (FI) com dinamômetros, manual e lombar. A análise de dados foi feita mediante ANOVA 2x3 com post hoc test de Bonferroni. RESULTADOS: Após 12 semanas de treinamento o GF apresentou significativa diminuição do percentual de gordura (p=0,015; 3,51%) e o GT significativo aumento da massa magra (0,008; 2,92%). Tanto o GF quanto o GT geraram aumentos significativamente na FDM, PM e FI em comparação aos valores iniciais e o GA, que apresentou declínios nessas variáveis. Não foi observado diferenças estatisticamente significativas entre os grupos experimentais na composição corporal e nos componentes da força. CONCLUSÃO: Os treinamentos funcional e tradicional são igualmente eficientes na melhora dos componentes da força em idosas fisicamente ativas, assim, podem ser complementares uma ao outro para combate a efeitos deletérios da senescência.
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Referências
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