APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE EM ESCOLARES DE ITABAIANA/SE

Autores

  • RAFAEL LUIZ MESQUTA SOUZA universidade tiradentes

Palavras-chave:

Escolares. Saúde. Aptidão física.

Resumo

Introdução: A aptidão física relacionada à saúde surge para avaliar resultados utilizando-se de testes que irão pré dizer como a saúde em geral dos indivíduos se apresentam em relação aos marcadores já estabelecidos de cada teste. Sabendo que crianças com estilo de vida ativo tendem a ser adultos com o mesmo estilo de vida, é de grande valia que essa população seja melhor avaliada. Objetivo: Analisar os indicadores de aptidão física relacionada à saúde em escolares do ensino médio, nas idades de 15, 16 e 17 anos, regularmente matriculados no ensino médio. Materiais e Métodos: O nível de aptidão física relacionada à saúde foi avaliado a partir dos testes de %G (dobra tricipital e subescapular), flexibilidade (teste de sentar e alcançar com banco de wells), força/resistência abdominal (realizar abdominais durante 1 minuto) e capacidade cardiorrespiratória (andar ou correr durante 9 minutos). Participaram voluntariamente do presente estudo, 77 alunos, sendo 20 alunos com 15 anos, 30 alunos com 16 anos e 27 alunos com 17 anos, todos devidamente matriculados na instituição de ensino. Na avaliação do %G e de flexibilidade (com exceção do sexo feminino para a idade de 16 anos) todos os escolares se mantiveram dentro de uma classificação aceitável, de acordo com a FITNESSGRAM e a PROESP-BR. Já para os testes de capacidade cardiorrespiratória e força/resistência abdominal, todos os escolares apresentaram resultados muito insatisfatórios. Resultados: A composição corporal de todos os jovens encontra-se dentro dos padrões ideais classificados pelos valores referenciados pela FITNESSGRAM.  Nos indivíduos do sexo masculino houve uma variação significativa entre a idade de 15 anos com relação às demais, variando 68,35% e 36,55.  No teste de flexibilidade os adolescentes masculinos de 17 anos mostraram o menor score entre as idades 12,62%, bem similar a amostra feminina. Com o teste de força e resistência abdominal, a amostra masculina na idade de 15 anos obteve o pior resultado, divergindo com as adolescentes femininas que obtiveram uma margem maior de repetições comparada as outras idades. O teste de capacidade cardiorrespiratória, todos avaliados ficaram no indicador muito fraco, proposto pela PROESP-BR, sendo que a idade de 17 anos obteve escores melhores entre o público masculino e a mesma idade para o feminino, foi a que demonstrou piores resultados. Conclusão: O %G normal  de todos os indivíduos. Para o teste de flexibilidade, exceto o grupo de feminino com 16 anos, os marcadores estavam dentro da normalidade, diferentemente dos testes motores (cardiorrespiratório e força abdominal), nos quais todos os escolares estavam muito abaixo dos indicadores normais, ficando entre fraco e muito fraco. Assim observou-se que estes adolescentes e jovens não se encontram dentro dos valores estabelecidos para a normalidade na AFRS, oscilando muito entre os testes avaliados, sendo necessária mais intervenções para a conscientização e  para a adoção de um estilo de vida ativo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

RAFAEL LUIZ MESQUTA SOUZA, universidade tiradentes

EDUCAÇÃO FÍSICA

Referências

AAHPEPD - American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance. Health Related Physical Fitness -. Test Manual. Reston, Virginia.1980.

AAHPERD - American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (1984). Health Related Physical Fitness -. Technical Manual. Reston, Virginia.

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE – ACSM (1996). Manual para Teste de Esforço e Prescrição de Exercícios. 4 ed., Rio de Janeiro: Revinter.

ANDERSEN, L. et al. Physical activity and clustered cardiovascular risk in children: a cross-sectional study (The European Youth Heart Study). The Lancet, v. 368, n. 9532, p. 299-304, July. 2006

BAR-OR, O. A commentary to children and fitness: a public health perspective. Research Quarterly for Exercise and Sport. (58)4, 304-307, 1987.

BERGMAN, GABRIEL. G. Crescimento Somático, aptidão física relacionada à saúde e estilo de vida de escolares de 10 à 14 anos: um estado longitudinal. Porto Alegre UFRSG, 2006. Dissertação (Mestrado em ciências do movimento humano), Escola Superior de Educação Física, UFRSG, 2006.

BERGMAN, G.G; LORENZI, T; GARLIPP, D.; MARQUES, A.; ARAÚJO, M,L.B.; LEMOS,; MACHADO, D.; SILVA,G.; SILVA,M.; TORRES,L.; GAYA, A. Aptidão Física Relacionada à Saúde de crianças e adolescentes do Estado do Rio Grande do Sul. Perfil Ano. VII, n.7, P. 12-21, 2005.

BOUCHARD, C.; SHEPHARD, R.J. & STEPHENS, T. THE CONSENSUS STATEMENT. IN. C. BOUCHARD; R.J. SHEPHARD & T . STEPHENS (EDS.). Physical activity, fitness, and health: internationalproceedings and consensus statement. (pp. 7- 96). Champaign, IL: Human Kinetics, 1994.

BURGOS, M.S et al. Perfil de aptidão física relacionada à saúde de

crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. Programa de Pós-Graduação em promoção da saúde. Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul- RS, Brasil. J Health Sci Inst. 2012.

CDC – Centers for Desease Control and Preventinon. Youth risk behavior survillance. Atlanta - EUA, v. 47.(SS-3), 1998.

CORBIN CB; LINDSEY R. Concepts of physical fitness. 9a. Edition. Dubuque, Brown & Benchmark Publishers, 1997.

CHOW,R.K.et aJ.Physical fitnesseffecton bonemass in postmenopausal women. Archives Physical Medicine, n. 67, p. 231-234,1986.

FALASCHETTI E, HINGORANI AD, JONES A, CHARAKIDA M, FINER N, WHINCUP P ET AL. Adipositynd cardiovascular risk factors in a large contemporary population of pre-pubertal children. Eur Heart J 2010;31:3063-72.

GEORGE, J.D.; FISHER, A.G.; VEHRS, P.R. Tests y pruebas físicas: colección fitness. Barcelona: Editorial Paidotribo, 1996.

GLANER, M.F. Crescimento físico e aptidão física relacionada à saúde em adolescentes rurais e urbanos. Tese de Doutorado, Doutorado em Ciência do Movimento Humano, Centro de Desportos, 2002.

GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Influência da prática da atividade física em crianças e adolescentes: uma abordagem morfológica e funcional. Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina, v.10, n.17, p.3-25, 1995.

HUBLEY-KOZEY CL. Testing flexibility. In: MacDougall JC, Wenger HA, Green HJ (eds.) Physiological testing of the high-performance athlete. 2ª ed., Champaign: Human Kinetics, 1990:309-59.

KODAMA, S.; SAITO, K.; TANAKA, S.; MAKI, M.; YACHI, Y.; ASUMI, M. et al. Cardiorespiratory fitness as a quantitative predictor of all-cause mortality and cardiovascular events in healthy men and women: a meta-analysis. The Journal of the American Medical Association, Chicago, v. 301, n. 19, p. 2024-35, 2009.

LIVINGSTONE, M. B. E. et al. How active are we? Levels of routine physical activity in children and adults. Proceedings of the Nutrition Society, v. 62, p. 681-701, 2003.

LOFTIN, MARK; SOTHERN ,MELINDA; WARREN; BARBARA; UDALL, JOHN. Comparison andVO2 peak during treadmill and cycle ergometry in severely overweight youth. J. Sports Sci. Med., 3(1), p.254-60, 2004.

MAIA, J.A.R et al. Estudo do crescimento somático, aptidão física, atividade física e capacidade de coordenação corporal de crianças do 1º ciclo do ensino básico da região autonômica dos Açores. Ed. Multitema, Portugal,2002.

MAITINO, E. M. Fatores de risco da doença coronária em escolares do ensino básico e suas interfaces com a Educação Física. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista Campus de Marília,1998.

MALINA RM. Physical activityand fitness of children and youth: questions and implications. Medicine, exercise, nutrition and health, 1995, v.4, p.123-35.

MELLO, P. R. B. Teoria e Prática dos Exercícios Abdominais. São Paulo: Manole,1986.

MELLO M. T, TUFIK S. Atividade física, exercício físico e aspectos psicobiológicos. Editora Guanabarra. p. 51-57, 2004

MILLS EM. The effect of low-intensity aerobic exercise on muscle strength,

flexibility, and balance among sedentary elderly persons. Nurs Res 1994;

:207-11

MINAYO,M.C.S. A saúde em choque. Rio de janeiro: Espaço e Tempo,1992.

MOREIRA, R.B. Comparação de escolares de 10 à 15 anos: um estudo longitudinal. Porto Alegre: UFRGS, 2009. Dissertação ( Mestrado em Ciências do Movimento Humano), Escola Superior de Educação Física,UFRGS, 2009)

MOREIRA C, SANTOS R, FARIAS JUNIOR JC, VALE S, SANTOS PC, SOARES-MIRANDA L, MARQUES AI, MOTA J. Metabolic risk factors, physical activity and physical fitness in Azorean adolescents: A cross-sectional study. BMC Public Health 2011;11:214

Projeto Esporte Brasil: manual [acesso 2 ago 2009]. Disponível em: http://www.proesp.ufrgs.br

SILVA, D.A.S; NASCIMENTO, THALES .B.R ; SILVA, A.F ,GLANER, M.F. Excesso de adiposidade corporal em adolescentes: associação com fatores sociodemográficos e aptidão física. Motriz: rev. educ. fis. [online]. 2013, vol.19, n.1, pp. 114-125. ISSN 1980-6574.

SILVA, L. V. M. et al. Associação entre variaveis de composição corporal e aptidão física em adolescentes. Revista de Atenção à Saúde, v. 12, n. 41, p.51-56, jul./set. 2014. USCS Universidade Municipal de Sao Caetano do Sul. DOI: 10.13037/rbcs.vol12n41.2250

OGA, T. et al. Analysis of the factors related to mortality in chronic obstructive pulmonary disease role of exercise capacity and health status. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, v. 167, p. 544-549, 2003

PINHEIRO,E.S. Mapas e cenários do crescimento, da aptidão física e dos indicadores sociais georreferenciados de crianças e jovens sul-brasileiros: Atlas do projeto esporte Brasil (PROESP-BR). Porto alegre: UFRGS, 2009. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano), Escola Superior de Educação Física, UFRGS, 2009.

OMS – Série de informes técnicos, n.886.Programación para la salud y el desarrollo Del os adolescentes. Informe de un Grupo deEstudio OMS/FNUAP/UNICEF sobre programación para la salud de los adolescentes. Ginebra, Suiza,1999.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. (1996). Disponível em:<http://bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em: 11 mar. 2001.

POLLOCK, M. L. et al. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 1. ed. Rio de Janeiro: Médica Científica, 1986.

Zong, X. N., & Li, H. (2014). Physical growth of children and adolescents in China over the past 35 years. Bulletin of the World Health Organization, 92, 555-564.

VITORINO, P.V.O. et al. Prevalência de um estilo de vida sedentário entre adolescentes. Acta paulista de enfermagem. São Paulo, v. 28. N. 2, p.166-171, abr. 2015. FaqUNIFESP. (SciELO). DOI: 10.1590/ 1982-0194201500028.

Downloads

Publicado

2017-09-19

Como Citar

SOUZA, R. L. M. (2017). APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE EM ESCOLARES DE ITABAIANA/SE. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6339

Edição

Seção

Resumo - Educação Física